3 celulares que eram indestrutíveis: “caiu do quinto andar e continuou funcionando”
Aqueles campeões de outras épocas, úteis e duráveis, verdadeiros gladiadores. Conheça 3 antigos celulares indestrutíveis.
Os mitos sobre os celulares antigos são muitos e podemos nos divertir bastante contando alguns. De fato, o que não era mito sempre foi a capacidade de resistência dos aparelhos. Seja devido a sua simplicidade ou técnica de construção, existiram alguns aparelhos que poderiam ser chamados de tanques de guerra. Neste artigo, vamos conhecer 3 celulares indestrutíveis em sua época ou, pelo menos, resistentes o suficiente para que uma simples queda não o afetasse.
Celulares indestrutíveis e verdadeiros tanques
Celulares já estão aí há muito tempo, mas a sua grande popularização foi no início do século XXI (meados dos anos 2000). Então eram os primeiros passos da humanidade carregando seus próprios telefones individuais, o que não evitaria de forma alguma inúmeros acidentes e quedas.
Com esse cenário, um dos fatores que ficou mais claro logo no início foi a resistência desses aparelhos feitos para a maioria dos usuários. Seu objetivo era ser um bem mais “durável”, mantendo todas as capacidades de ligação e envio de mensagens SMS que a tecnologia, na época, permitia.
Ainda não existia a atual corrida por desenvolver tecnologias que superassem o modelo anterior a cada semana, nem telas crescendo, aplicativos, câmeras fotográficas. Também nesse período, o maior objetivo das marcas era oferecer a mesma eficiência do concorrente (basicamente se comunicar), por um preço menor e com uma resistência maior. Talvez por isso os aparelhos tenham ganhado essa fama.
Por que celulares antigos eram mais resistentes?
Alguns fatores podem ter sido determinantes para criar os antigos celulares indestrutíveis, vamos tentar pensar em alguns deles:
- Menor leque de funções para oferecer (ligação, SMS, agenda eletrônica);
- Maior parte do corpo do aparelho feita de plástico para resistir a impactos (caixa);
- Visor pequeno e simples para informações em preto e branco;
- Foco principal em expandir número de usuários, não em desenvolver tecnologias;
Esse cenário tinha como objetivo que as pessoas se acostumassem a ter seu próprio telefone, criando assim um mercado. O desenvolvimento do mercado passou a ser acelerado após o primeiro smartphone. Quando os aparelhos modernos surgiram, com suas novas funções e pacotes, todos já estavam “dependentes” dessa individualidade.
Não tendo mais tanto mercado para expandir, se deu o início da corrida tecnológica para oferecer, ano a ano, aparelhos cada vez melhores e com mais funções que buscavam “tomar” os usuários de outras marcas para si. O foco deixa de ser em “algo durável” e passa a ser em “algo sempre atual”.
3 celulares que eram indestrutíveis
3. Sony Xperia Go
Esse aparelho não é da era dos pré-smartphones, mas dá para colocá-lo como um remanescente dessa ideologia na era dos modernos. O aparelho resistia bravamente ao contato com sujeira e água de forma moderada, mãos molhadas ao sair do banho, por exemplo.
Todos os Xperia (o Go não era diferente) da época tinham visual quadrado (um mini tijolo) característico dos aparelhos Sony, Ele parecia, às vezes, um pouco grosseiro de tanta proteção que vinha no seu entorno. O corpo possuía tampinhas de borracha para cobrir a conexão dos fones e entradas para o chip e cartão de memória. Fora isso era razoavelmente antigo, achava-se bom seus 8 GB de espaço interno, ou a bateria de 1350 mAh.
2. Nokia 5110
Os próximos dois exemplos não eram simplesmente resistentes, esses eram praticamente indestrutíveis. Podia dar um para o seu filho pequeno, que o levaria para escola e deixaria cair várias vezes. Por vezes, era fácil encontrar um exemplo do aparelho que estava com suas teclas de borracha totalmente apagadas pela extrema quantidade de uso. Eles duravam muito mesmo, até na mão dos mais desastrados. Outro mito curioso sobre ele, diziam que chegava a funcionar até com sua antena danificada.
1. Nokia 3310
O rei dos tanques de guerra. O Nokia 3310 não era famoso apenas por sua resistência blindada, mas também pelo seu poder de ataque. Sério, ele tinha um peso considerável e era resistente. De você nunca fez ou viu alguém fazer, com certeza já pensou em arremessá-lo na cabeça de alguém (somente pessoas com mais de 35 anos pensarão nisso). Tive alguns (3) em minhas mãos durante a vida, mas nunca por quebra ou defeito, simplesmente por ter sido roubado. Resumindo, esse aparelho era forte, eficiente e valioso, um verdadeiro tanque de guerra.
O que você achou? Siga @bitmagazineoficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui
Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.