Uma das tecnologias mais esperadas no Brasil, o 5G, chegou em mais 3 capitais que desde a última terça-feira (16). A partir de agora, usuários de Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Salvador (BA) com dispositivos compatíveis já podem desfrutar da internet móvel de alta velocidade e baixa latência.
8 capitais já recebem o sinal 5G
Somando essas 3, já temos 8 capitais no país com acesso ao 5G. Antes delas, Belo Horizonte, Brasília, João Pessoa, Porto Alegre e São Paulo já podiam desfrutar de velocidades de conexão superiores a 1Gbps.
Mas assim como nas outras cidades, nem toda área vai ter a cobertura do sinal, Curitiba, por exemplo, vai começar a usar a tecnologia através de apenas 316 antenas, muito mais do que Salvador e Goiânia, com 139 e 100, respectivamente.
Isso porque o plano inicial segue as diretrizes da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que obriga as operadoras a disponibilizar no mínimo uma estação de antena por 100 mil habitantes.
Especialistas na área afirmam que esse processo é normal e que implementações de qualquer tecnologia do tipo precisam ser feita gradualmente.
A lógica é começar nas áreas mais movimentadas, até ter uma infraestrutura boa o suficiente para cobrir as demais regiões.
Passos importantes para o futuro
Embora possa parecer pouco, esses acontecimentos são de extrema importância para o desenvolvimento de produtos e serviços relacionados com o 5G.
A partir da sua implementação, não só os negócios vão começar a pensar na tecnologia como uma ferramenta viável de trabalho que merece atenção, como os usuários vão passar a conhecê-lo melhor, o que impulsiona o mercado de dispositivos suportados.
“Esse primeiro passo é importante para começar a geração de oferta e demanda na economia, identificar eventuais pontos de ajustes em todas as esferas e começar a construção do ecossistema para utilização plena do 5G”, explica o sócio da EY e especialista em tecnologia, José Ronaldo Rocha.
Suporte à rede no Brasil
Embora muito se fale em 5G, é importante ressaltar a importância de ter aparelhos que dão suporte a tecnologia. Segundo a Anatel, apenas cerca de 90 aparelhos homologados no país tem essa característica e, mesmo assim, eles trabalham em redes 5G distintas. No país temos hoje suporte a alguns padrões 5G, o SA, DSS e NSA.
Segundo Ronaldo, as empresas de telefonia estão bastante interessadas em que seus clientes utilizem o 5G, mas a falta de aparelhos compatíveis dificulta a montagem de estratégias para impulsioná-lo mais ainda.
Tudo deve se resolver lentamente, enquanto a cobertura vai se espalhando para mais locais e produtos novos chegam ao mercado.
Até o fim do próximo mês, todas as capitais brasileiras já devem dar suporte ao 5G em alguma capacidade, mas a previsão da tecnologia atender todas as regiões é até o fim de 2029.
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