As primeiras unidades do Real Digital foram produzidas; já podemos usar?
As primeiras unidades do Real Digital já estão sendo feitas. Saiba quando elas devem chegar na mão do consumidor!
Anunciado no começo do ano, finalmente temos mais novidades sobre a mais nova moeda idealizada pelo Banco Central (BC). As primeiras unidades do Real Digital, como é chamado, já foram produzidas. A moeda vai servir como uma stablecoin da do Real, e vem com vantagens e desvantagens. Confira abaixo!
Quem está trabalhando no projeto
A informação veio através do colunista Ronaldo Lemos, na Folha de S.Paulo, que disse ter entrado em contato um dos membros do LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas), uma plataforma virtual de inovações na indústria financeira coordenada pelo Fenasbac e o Banco Central do Brasil. Seu principal objetivo é tocar projetos de pesquisa inovadores, com potencial para transformar o mercado financeiro.
Para realizar seus objetivos, o laboratório firma parcerias com vários nomes importantes, como a Microsoft, IBM, AWS e Cielo.
Segundo o cronograma do Real Digital, como informado no site do Lift Challenge, um desafio do laboratório que trata de assuntos específicos trazendo soluções para problemas complexos, a execução dos projetos ligados à moeda teriam tido início no dia 5 de setembro, com previsão de finalização em fevereiro do próximo ano.
Primeiras unidades do Real Digital já estão sendo produzidas
Segundo o colunista, a moeda começou a sair do papel na última quinta-feira, dia 20 de outubro, caminhando em direção a sua fase de testes, que devem envolver diversas simulações. Os problemas encontrados nesses testes deverão ser corrigidos até 2024, quando a versão estável da moeda deve ir a público.
Uma das ideias principais para o Real Digital é que ele se torne o representante digital da nossa moeda, com valor de 1:1, utilizando as tecnologias do blockchain.
Sendo uma stablecoin do Real significa que o Real Digital deve ficar ancorado na nossa moeda, fazendo dele uma ótima opção de investimento. Isso traz grandes possibilidades, das quais a anonimidade não está incluída.
O que muda com a chegada da moeda?
Por se encontrar no blockchain, as transações com Real Digital devem ser 100% rastreáveis, o que não é exatamente uma coisa ruim. Especialistas acreditam que usar pagamentos via blockchain em serviços do governo, por exemplo, poderia diminuir drasticamente a corrupção, uma vez que é mais fácil de ver de onde e por onde o dinheiro flui.
Outra vantagem para um projeto desse tipo são as transações instantâneas, mas no nosso caso o Pix já cobre isso, pelo menos nacionalmente, nos levando a outro benefício para os brasileiros, a internacionalização do Real.
A moeda deve tornar muito mais fácil fazer transações no exterior, desde que as tecnologias sejam suportadas lá também. E, assim como o Pix, as transações do blockchain são super rápidas e, a depender da rede, baratas.
Outro ponto bem importante é que a moeda digital também poderá livrar as pessoas dos bancos e instituições financeiras.
Como é possível criar contratos super seguros diretamente no blockchain, sem letrinhas miúdas, as pessoas poderão fazer todo tipo de transação — como pagamentos, empréstimos, etc. — sem depender de um intermediário.
Já as carteiras digitais, necessárias para guardar e utilizar os ativos, geralmente podem ser instaladas no celular, funcionando realmente como uma carteira, que você pode levar para onde for e usar, possivelmente sem precisar nem mesmo de uma conta bancária.
Ainda falta muito para que o Real Digital chegue de fato às mãos dos cidadãos, mas não resta dúvida que ele será uma fonte de diversas oportunidades de negócios para os brasileiros, talvez até mais do que o Pix. Esse é mais um esforço do BC para seguir as tendências globais em relação à digitalização financeira.
Fontes: Folha de São Paulo, LIFT
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Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.