Pensamento positivo? Cientistas descobrem o efeito que temos sob a valorização da felicidade
Qual será o segredo da felicidade? Algumas pesquisas apontam que é simplesmente não superestimá-la e apenas viver.
De acordo com um novo estudo, valorizar a felicidade pode, na verdade, levar você a ficar menos feliz quando está em um estado de alegria. É complexo, mas mostra como nós, seres humanos, também somos.
Felicidade superestimada pode ser prejudicial
Um novo estudo apresentado no National Library of Medicine e depois complementado pela revista Psychological Science, mostra que alimentar expectativas sobre a felicidade, cria uma montanha-russa de sensações inúteis que acaba em frustração.
Além disso, nosso estado atual de bem-estar interfere ou não sob a nossa percepção de sensações do passado.
O que se visualizou, foi que pessoas felizes tendem a relatar uma melhora no bem-estar do dia a dia, já pessoas estando em fases difíceis tendem a exagerar na piora da sensação.
Isso quer dizer que: talvez não esteja tão difícil quanto a pessoa mesmo projeta estar. Alberto Prati, economista e pesquisador da Universidade de Oxford, explica:
“Portanto, se quisermos entender a satisfação com a vida, precisamos entender como as pessoas reconstroem a felicidade do passado”
Um relatório produzido por avaliações de quatro pesquisas plurianuais revelou algumas pistas, foram mais de 60 mil pessoas entrevistadas em países como Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha.
Notou-se que há uma relativização com o passado, subestimando a felicidade que já ocorreu.
Prati complementou:
“A maioria das pessoas acredita estar mais feliz do que antes”
Talvez este seja o segredo da felicidade
O que ficou nítido, também, é que a maioria relatou menos felicidade – é bem mais comum do que relatar a felicidade.
O ponto é que pessoas felizes tendem a lembrar da alegria como uma evolução na vida, ou seja, veem o passado um pouquinho pior do que o presente.
Além disso, percebeu-se que essas pessoas que se consideram mais felizes também são mais abertas aos riscos, mais otimistas e querem viver novas experiências.
Prati ainda reitera:
“As pessoas não podem mudar seu passado, mas podem – e mudam – a maneira como pensam sobre ele. Precisamos entender melhor esse processo para melhorar a medição do bem-estar.”
Considerando questões sociais e financeiras, há algumas escolhas individuais que podemos optar para tentar ter uma vida mais feliz.
Aliás, felicidade difere de bem-estar. O bem-estar está ligado a diversos componentes, como a sensação de controle sobre a própria vida, já a felicidade são momentos mais efêmeros, mas também importantes.
Neste estudo, revela-se que ser mais aberto e ter mais compaixão com o seu passado são ferramentas ótimas para cultivar o seu presente mais feliz – e com mais bem-estar.
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