Pulsos de onda de rádio vindos do espaço estão integrando pesquisadores. O que pode ser?
Recentemente pesquisadores descobriram pulsos de onda de rádio provenientes de um objeto em flutuação no espaço de origem desconhecida!
Enquanto mapeavam ondas de rádio do espaço, astrônomos encontraram um objeto celeste liberando rajadas enormes de energia – e ele não se parece com nada que já viram antes, além de que, ele está emitindo pulsos de onda de rádio.
O objeto espacial giratório, avistado em março de 2018, liberava radiação a cada 18 minutos. Nesses momentos, se tornava a fonte mais brilhante de ondas de rádio visível da Terra, atuando como um farol celestial.
A equipe que a descobriu acha que poderia ser uma estrela de nêutrons ou uma anã branca – núcleos de estrelas em colapso – com um campo magnético ultrapoderoso.
A descoberta foi feita pelo estudante de doutorado Tyrone O’Doherty, usando o telescópio Murchison Widefield Array (MWA), que fica no interior da Austrália. “É empolgante que a fonte que identifiquei no ano passado tenha se tornado um objeto tão peculiar. O MWA tem um amplo campo de visão e uma sensibilidade perfeitos para pesquisar o céu e detectar o inesperado”, aponta ele.
O que dizem os astrofísicos
“O objeto estava aparecendo e desaparecendo por algumas horas durante nossas observações”, disse a autora líder do estudo, Natasha Hurley-Walker, astrofísica do ramo da Universidade Curtin do Centro Internacional para Pesquisa em Radioastronomia, em nota.
Esse tipo de objeto, que liga e desliga, não é novo para os astrônomos: eles os chamam de “transitórios”.
“Encontrar o fenômeno foi completamente inesperado. Foi um pouco assustador para uma astrônoma, porque não há nada conhecido no espaço que faça isso [iluminar-se tanto e emitir ondas de rádio com tanta frequência]. E está relativamente próximo de nós, a cerca de 4 mil anos-luz. Está em nosso quintal galáctico”.
“Quando estudamos fenômenos transientes, estamos vendo a morte de uma enorme estrela e a atividade dos remanescentes que ela deixa para trás”, disse a coautora do estudo Gemma Anderson, astrofísica do ICRAR-Curtin. “Transientes lentos – como supernovas – podem aparecer durante alguns dias e sumir por meses.
‘Transientes rápidos’ – como um tipo de estrela de nêutrons chamado ‘pulsar’ – acendem e apagam em milissegundos ou segundos.”
Pesquisas futuras
A pesquisadora Hurler-Walker já está na espera que os pulsos de onda de rádio volte a aparecer.
“Se isso acontecer, existem telescópios em todo o Hemisfério Sul e até em órbita que podem apontar diretamente para ele”, afirma em nota publicada pelo Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia.
Hurley-Walker também quer encontrar mais desses objetos nos registros arquivados do telescópio. “Há, sem dúvida, muitas outras joias a serem descobertas nos próximos anos”, diz.
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Redatora, Especialista em Produção de Conteúdo para a Web com formação em Webdesign e Marketing Digital. Estudante de Programação Back-End, Entusiasta de Tecnologia e redatora na BitMagazine trazendo as últimas notícias e informações sobre o mundo tecnológico.