Elon Musk: Projeto da Neuralink de implantar chip no cérebro preocupa cientistas
O Projeto Neuralink de Elon Musk preocupa muito os cientistas por diversas razões, como segurança, interesses comerciais e muito mais.
A Neuralink, empresa representada pelo visionário Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla, vai iniciar neste ano um projeto de implantes cerebrais em voluntários humanos.,
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Entretanto, essa notícia vem preocupando muitos os cientistas, que relatam suas dúvidas quanto a parte bioética desse experimento.
A principal razão é sobre a segurança, uso dos dados e o futuro dos chips implantados após finalizarem o Projeto Neuralink.
Foto: Divulgação
Testes de implante de chip de Elon Musk já vêm sendo realizados
A ideia principal do projeto é ajudar a aliviar algumas deficiências cerebrais, como possibilitar que pessoas com doenças, como a paralisia, controlem seus computadores e dispositivos móveis por meio da atividade cerebral. A startup já chegou a testar seus implantes cerebrais em animais, como macacos e porcos.
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— Neuralink (@neuralink) April 16, 2021
Os especialistas questionam a supervisão da empresa sobre o grande impacto que pode haver com os participantes dos testes – além da opinião pública aos riscos de fundir tecnologia com cérebros humanos.
“Não acho que haja um discurso público suficiente sobre quais são as implicações gerais desse tipo de tecnologia quando se tornar disponível”, disse Karola Kreitmair, professora de história médica e bioética da University of Wisconsin (EUA), ao The Daily Beast.
Uma interface neural direta é um dos grandes objetivos de Elon Musk para ajudar pessoas com deficiência. Por isso, após os testes em animais, a Neuralink se prepara para iniciar os testes em humanos.
No entanto, Laura Cabrera, especialista em neuroética da Universidade Estadual da Pensilvânia, questionou se será possível remover os implantes que hajam danos ao cérebro.
“O que eu vi em campo é que somos muito bons em implantar [os dispositivos], mas se algo der errado, realmente não temos tecnologia para removê-los com segurança sem causar danos ao cérebro”, teme ela. “Se der errado, não temos a tecnologia para ‘explantá-los’.” Além de perguntas como: qual é a vida útil do chip? A Neuralink oferecerá atualizações para os participantes posteriormente?”, questionou.
Por fim, para Karola Keritmair, o futuro comercial pode ser problemático:
“Eu me preocupo com um casamento desconfortável entre uma empresa com fins lucrativos e essas intervenções médicas que esperamos que estejam lá para ajudar as pessoas. A Neuralink diz que está desenvolvendo seu implante para ajudar pessoas com deficiência, mas o mercado é bem pequeno, o que pode trazer problemas de lucratividade.”
E é assim, entre um grande passo científico e os questionamento sobre a segurança do projeto e interesses financeiros, o projeto Neuralink avança para os próximos passos.
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Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.
