Rússia é removida parcialmente do Swift; medida tem consequências imprevisíveis
Alguns bancos russos foram "selecionados" pela aliança de Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido para ser bloqueados do Swift.
Alguns bancos russos foram “selecionados” pela aliança de Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido para ser bloqueados do Swift, o sistema global de transações financeiras, devido a invasão russa na Ucrânia além do que o Banco Central russo também sofrerá “medidas restritivas”.
As medidas foram realizadas para “responsabilizar a Rússia e garantir coletivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para o presidente russo Vladimir Putin”.
As limitações visam os mais de US$ 600 bilhões da reserva que o país tem à disposição e limitar os recursos em importar e exportar mercadorias.
Remoção da Rússia tem consequências imprevisíveis
As medidas foram tomadas para que o rublo (moeda russa) sofra uma queda livre, gerando uma inflação na economia do país, de acordo com as autoridades norte-americanas.
As consequências exatas disso estão sendo discutidas, já que banir os principais bancos russos da Swift impedirá a movimentação de bilhões de dólares. Por outro lado, pode ocorrer impacto na economia de outros países – principalmente na Europa, uma vez que adquire energia russa.
Em 2014, a opção de remover a Rússia do Swift já havia sido levantada quando o país invadiu e anexou a Península da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, ao país em um tratado assinado pelo presidente russo Vladimir Putin. Na época, a Rússia declarou que expulsar o país do Swift seria o equivalente a uma declaração de guerra.
Com tal ameaça, os aliados acabaram arquivando a ideia enquanto a Rússia tentava desenvolver seu próprio sistema de transferências financeiras com um sucesso limitado.
Anteriormente apenas um país foi banido do sistema Swift: o Irã, a pedido dos EUA, por causa de seu programa militar. Mas expulsar a Rússia pode prejudicar muitas outras economias, incluindo a do próprio Estados Unidos.
A desconexão da Swift anunciada pelo Ocidente no sábado no momento é parcial, deixando espaço para a Europa e os Estados Unidos de aumentarem as penalidades caso a situação venha a tornar-se insustentável.
Alemanha não apoia remoção da Rússia
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou a medida em Bruxelas. Segundo ela, cortar vários bancos comerciais da Swift “garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente”.
A medida tem como objetivo forçar a queda de popularidade de Putin entre a iniciativa privada russa. Conseguir o apoio da UE para sancionar a Rússia por meio da Swift foi um processo difícil, já que o comércio da UE com a Rússia totalizou 80 bilhões de euros, cerca de 10 vezes mais do que os Estados Unidos, que foram os primeiros a propor tais medidas.
A Alemanha recusou a medida, pois poderia atingi-los com força já que o país compra combustível da Rússia.
Mais sanções serão a anunciadas em breve
Os aliados anunciaram o compromisso de “tomar medidas para limitar a venda de cidadania – os chamados passaportes dourados – que permitem que russos ricos conectados ao governo se tornem cidadãos de nossos países e tenham acesso a nossos sistemas financeiros”.
O grupo também anunciou a formação nesta semana de uma força-tarefa transatlântica para garantir que essas e outras sanções à Rússia sejam implementadas de forma eficaz por meio do compartilhamento de informações e congelamento de ativos.
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Redatora, Especialista em Produção de Conteúdo para a Web com formação em Webdesign e Marketing Digital. Estudante de Programação Back-End, Entusiasta de Tecnologia e redatora na BitMagazine trazendo as últimas notícias e informações sobre o mundo tecnológico.