Novo surto de doença contagiosa coloca mundo em alerta
A OMS anunciou na terça-feira que uma pessoa infectada com o vírus Ebola morreu no noroeste da República Democrática do Congo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira (26) que uma pessoa infectada com o vírus Ebola morreu no noroeste da República Democrática do Congo. Esse é o segundo caso dias após a confirmação de um novo surto da doença mortal.
A OMS twittou na última segunda-feira (25) que testes genéticos mostraram que os casos confirmados na semana passada não estavam relacionados ao último surto, que foi declarado encerrado em dezembro.
Um porta-voz da OMS disse à Reuters que a segunda vítima era parente do primeiro caso.
O primeiro paciente começou a apresentar sintomas em 5 de abril, mas não procurou atendimento médico por mais de uma semana. Ele foi internado no centro de tratamento de Ebola em Mbandaka, em 21 de abril, e morreu mais tarde naquele dia.
A República Democrática do Congo teve 13 surtos anteriores de Ebola, incluindo um em 2018-2020 que matou quase 2.300 pessoas, o segundo maior número na história registrada de febre hemorrágica.
Um homem de 31 anos foi testado para a doença em Mbandaka, capital da região equatoriana do país, segundo o Instituto de Pesquisas Biomédicas do país. O paciente começou a apresentar sintomas no início de abril, mas só procurou tratamento uma semana depois, segundo o Ministério da Saúde da RDC.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a infecção e disse que o caso pode indicar que outros foram infectados.
A OMS disse que fortaleceria as equipes e atividades de vacinação em Mbandaka, um importante centro comercial ao longo do rio Congo. A cidade experimentou recentemente dois grandes surtos de Ebola – um em 2018 e outro em 2020. A cidade tem muitas ligações com a capital do país, Kinshasa.
Entenda mais sobre o ebola
O vírus Ebola, que afeta humanos e outros primatas como macacos, gorilas e chimpanzés, foi detectado pela primeira vez em 1976 perto do Zaire (o antecessor da República Democrática do Congo).
Embora o hospedeiro natural do vírus permaneça desconhecido, especialistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dizem acreditar que o micróbio é transportado por animais e o hospedeiro são os morcegos.
Os principais sintomas da zoonose são: febre, dor de cabeça muito forte, fraqueza muscular, dores na garganta e nas articulações e calafrios. As taxas de mortalidade em surtos anteriores variaram de 25% a 90%. Felizmente, atualmente existe um tratamento eficaz que pode beneficiar pacientes nos estágios iniciais da doença.
A campanha de vacinação deve começar nos próximos dias, utilizando o estoque de imunizante rVSV-ZEBOV existente no país.
Em 2020, a União Europeia (UE) autorizou a produção de uma vacina contra o Ebola usando a mesma tecnologia usada em pesquisas para imunizar contra o coronavírus Sars-Cov-2. O laboratório ainda aguarda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) libere a substância para distribuição em países africanos, onde há surtos ativos da doença.
A vacina contra o Ebola, produzida pela empresa farmacêutica belga Janssen, demonstrou induzir imunidade duradoura contra o vírus Zaire Ebola em adultos e crianças com mais de um ano de idade.
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Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.