A solidão pode afetar a sua renda financeira e carreira, segundo pesquisadores ingleses
Infelizmente, pessoas que se isolam sofrem as consequências, como a dificuldade em encontrar emprego sentindo solidão. O motivo são vários.
Pessoas solitárias nem sempre vivem nesta condição de solidão por uma só razão. O motivo pode estar relacionado ao desejo e por apreciar a própria companhia, mas também pode estar associado a causas mais graves, como doenças psicológicas. Infelizmente, pessoas que se isolam sofrem as consequências, como a dificuldade em encontrar emprego.
Esta condição foi comprovada por um estudo realizado pela Universidade de Exeter, na Inglaterra, onde os pesquisadores descobriram que o desemprego pode causar a solidão e vice-versa. O levantamento foi executado usando dados pré-pandemia, vindos de 15 mil adultos em idade para trabalhar.
Desta forma, descobriu-se que as pessoas que se sentem solitárias, por vezes enfrentam dificuldades na busca por emprego quando necessário, mesmo quando eles não estavam sozinhos no momento da candidatura.
Embora o efeito possa ser visto tanto em homens quanto mulheres, em homens essa dificuldade é evidente.
No entendimento da equipe de pesquisadores, a dificuldade dos homens em encontrar em emprego consiste na visão social de que é uma tendência (errada) de entender que precisam ser os provedores.
É importante ressaltar que este ponto não foi comprovado neste estudo, trata-se apenas de uma suposição histórica que pode ser justificada pelo impacto que a solidão provoca na saúde mental ao longo do tempo.
“Enfrentar a solidão e o desemprego tem o potencial de não apenas reduzir a carga de doenças e melhorar os resultados de saúde, mas também melhorar a prosperidade econômica e a empregabilidade”, alegaram os pesquisadores.
O que dizem os especialistas sobre a solidão e o emprego
É importante ressaltar que o cenário inverso também é uma realidade, o que quer dizer que pessoas desempregadas tendem a se sentir isoladas, considerando a falta de convívio social.
Na visão da principal autora do estudo, Nia Morrish, o efeito da solidão e do desemprego na saúde mental e na economia são persistentes, devastadores e assustadores.
Segundo ela, a redução da solidão consegue enfraquecer o desemprego e o emprego pode diminuir a sensação de solidão.
Portanto, ambas as condições se relacionam positivamente a outros fatores, incluindo a saúde mental e a qualidade de vida.
A necessidade mais evidente é a atenção e cuidado especial à solidão, cujo apoio também deve partir de empregadores e do governo local, com o propósito de promover melhorias na saúde e bem-estar.
Já no entendimento da autora sênior do estudo, a professora Antonieta Medina-Lara, a solidão já se tornou um problema social considerado como impacto na saúde mental.
As descobertas indicam a possibilidade de haver implicações amplas e impactos negativos nos trabalhadores e na economia.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.