Por que o iPhone deve ficar mais caro em 2022?

Os problemas decorrentes do conflito na Rússia e o atraso na produção, ainda como consequência do COVID-19, podem deixar iPhones mais caros

Os valores dos aparelhos estão subindo e com a atual inflação brasileira poderá ficar mais difícil adquirir dispositivos da Apple. Analista financeiro revela que iPhones devem ficar mais caros esse ano por diversos motivos.

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Dois iPhones sobre a mesa (Imagem: Arnel Hasanovic/Unsplash)

(Imagem: Arnel Hasanovic/Unsplash)

O sonho do aparelho pode ficar mais distante esse ano com iPhones mais caros

A previsão de aumento para os preços de iPhones, inclusive nos EUA, foi feita por um analista de investimentos e reportado pelo The Sun

Segundo o analista da empresa de serviços financeiros Raymond James, Chris Caso, os motivos que levariam a esse aumento são muitos – mas com destaque para os novos bloqueios do Covid impostos pelo governo chinês, que dificultam e atrasam a produção dos novos aparelhos.

O aumento significativo deve afetar, principalmente, os modelos da linha iPhone 14, aumentando seu preço no lançamento em setembro. O modelo anterior estava na faixa de 679 (R$ 3.542) euros até 1049 euros (R$ 5472) no mercado do velho continente, conforme dados do jornal britânico. 

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Se a expectativa é de iPhones caros a Europa, imagine para o Brasil que possui uma alta carga tributária nas importações? Somados ao lucro buscado pelos revendedores, será um verdadeiro sofrimento à vista ou a prazo.

Expectativa da Apple é de crescimento

Mesmo com a análise negativa feita pelo analista, a Apple havia divulgado sua expectativa de ampliação em vendas, sendo parcialmente confirmada após a empresa ter postado resultados positivos na semana passada em seu último relatório de resultados.

Segundo a Apple, a receita do iPhone subiu 5% em relação ao ano anterior (a receita também pode subir com aparelhos mais caros e um crescimento mais factível seria o valor total de aparelhos comercializados).

O analista Chris Caso, comentou os números do relatório da Apple:

“A Apple registrou um forte trimestre em março, mas os comentários implicaram fraqueza incremental em junho impulsionada pela moeda, pela perda da receita da Rússia e pelo impacto mais significativo vindo de problemas de produção impulsionados pelos bloqueios da China.”

Apesar da expectativa negativa para o salto de valor entre os modelos 13 e 14 do iPhone, ainda é cedo para cravar com precisão. 

Os problemas de produção na China podem ser contornados antes do lançamento; “As questões de produção devem ser transitórias — e ocorrem na melhor época possível do ano durante o período sazonal mais fraco antes dos lançamentos de outono”, complementa Caso.

Para completar, o analista afirma que os problemas ocasionados pela crise na Rússia, com a perda de receita na venda de aparelhos no país, pode ser um dano mais duradouro para a Apple.

O problema persistirá mesmo com o suposto fim do conflito, caso as taxas cambiais da moeda local sofram profundas variações, que afeta diretamente o número de vendas unitárias.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.