Como cibercriminosos “lucram” com desastres naturais?

Sejam ataques individuais em larga escala ou focados na infraestrutura de cidades, os cibercriminosos se aproveitam de desastres naturais

Criminosos virtuais se aproveitam de crises naturais, sejam desastres ou pandemias para otimizar o poder de seus ataques. Vamos entender um pouco os motivos que levam a uma maior taxa de sucesso dos bandidos hackers contra as vítimas desavisadas ou sistemas governamentais inteiros após “grandes comoções”.

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(Imagem: Keepcoding/Unsplash)

Cibercriminosos se aproveitam de desastres naturais

Existem diversas formas de praticar crimes virtuais, mas a que tem tido maior destaque é o phishing, por ser barata e com uma taxa razoável de “retorno de investimento”.

Os cibercriminosos se utilizam da fragilidade das pessoas durante “desastres naturais” para ter uma maior chance de êxito ao fisgar suas vítimas.

Porém, essa não é a única forma de capitalizar em cima de desastres naturais — situações já potencialmente caóticas para as autoridades da região.

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Diversos governos estaduais nos EUA estão criando cenários ficcionais para treinar de forma eficiente sua capacidade de respostas rápidas contra esse tipo de ameaça, que explora “fraquezas” criadas pela baixa atenção das pessoas nessa situação. É uma verdadeira cyberwar interna.

Segundo o CyberNews, o governo de Indiana, nos EUA, aplicou testes simulando ataques virtuais durantes desastres naturais.

A medida visa apresentar formas eficientes de defesa contra uma “crescente crueldade” dos cibercriminosos atuais ao se aproveitarem de cenários caóticos.

No foco do cenário estava um terremoto que atingiu a cidade e causou caos generalizado, os serviços de emergência lutavam para tentar responder com eficiência e contornar à situação o melhor possível.

Durante o exercício, o sistema de água da cidade foi paralisado e interrompido — algo natural em casos de terremoto —, mas dessa vez por um ataque de ransomware orquestrado.

A simulação foi produzida visando ilustrar a probabilidade de cibercriminosos tentarem capitalizar em uma situação já desastrosa, um verdadeiro teste para funcionários quem estão no “limite”.

Os funcionários precisam manter a calma para responder de forma efetiva as ameaças, garantindo que a infraestrutura crítica da região não seja mais afetada do que o desastre natural já fez.

Governo norte-americano investe pesado em testes para ataques virtuais

Após o governo federal dos EUA criar o Centro de Análise e Compartilhamento de Informações Multi-Estado, buscando ajudar os governos estaduais e locais a responderem efetivamente a uma série de ameaças digitais, os testes têm se intensificado.

O processo envolve inúmeros exercícios virtuais, como o exemplo de Indiana, de preferência unidos a um desastre natural, para simular um ataque cibernético direcionado para enfraquecer instituições.

É importante o desenvolvimento dessas estratégias de respostas aos ataques digitais. Políticas e planos atualizados, regularmente, devem simular o cenário de ameaças em constante evolução.

A função principal é determinar quem será responsável pelo que e quais protocolos devem ser seguidos para solucionar o problema.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.