Metaverso já tem representação criminal ativa
A tecnologia do metaverso tem chamado a atenção para práticas abusivas, desprezíveis e que seria crimes no mundo real,
Um jornal britânico publicou uma informação aterrorizante nos últimos dias. Usuários do metaverso estariam se aproveitando da experiência de realidade aumentada para cometer crimes neste novo universo.
Em um vídeo publicado pelo usuário @thiggsy no aplicativo TikTok, é possível ver um jogador apalpando o cabelo e o corpo de um avatar feminino. A prática inicial que pode ser caracterizada de assédio sexual é contínua, pois em seguida, o usuário agarra os tornozelos da mulher virtual, a pega, balança e a joga do telhado.
O vídeo sobre a experiência deste usuário foi autointitulado como “Eu flertando no metaverso”. O post já tem quase um milhão de curtidas e 8,8 milhões de visualizações no TikTok.
https://www.tiktok.com/@inlovewblondes/video/7054709561416076550?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7084206201009341958
Jogo no metaverso se populariza
As opiniões a respeito desta experiência no metaverso estão bastante divididas. Enquanto alguns desprezam a prática criminosa em ambiente virtual, outros tantos se mostraram interessados em se tornarem criminosos na representação.
Segundo o The Sun, a maioria dos internautas quer saber qual é o nome do jogo no metaverso para que também possam jogar. Alguns dos principais comentários diziam: “Nome do jogo, eu quero para mim, não para um amigo, obrigado” ou “Eu quero jogar isso”.
Poucos internautas criticaram a filmagem e comentaram: “Hum, algo está errado se você acredita ser flerte” e “Estranho como as pessoas jogam esse tipo de jogo”. Segundo alguns comentaristas, o jogo foi feito por um simulador de “cunho íntimo” em realidade virtual para adultos, o Virt-A-Mate.
Posicionamento do TikTok sobre o vídeo do metaverso
Diante da polêmica associada ao vídeo do jogo no metaverso, as diretrizes da comunidade TikTok afirmam que não são permitidas nudez, pornografia ou conteúdo sexualmente explícito na plataforma.
“Também proibimos conteúdo que descreva ou apoie atos sexuais não consensuais, o compartilhamento de imagens íntimas não consensuais e solicitação sexual de adultos”, destacou. Entretanto, o vídeo permanece ativo no aplicativo reunindo um público significativo.
Crimes em realidade virtual
Dias atrás, foi registrada uma denúncia sobre assédio sexual no metaverso. O episódio envolveu o avatar feminino de uma pesquisadora de 21 anos durante a participação em um experimento no Horizon Worlds da Meta.
A plataforma de realidade aumentada que pode ser acessada apenas em dois países, nos Estados Unidos da América (EUA) e no Canadá. A ferramenta surgiu como uma das maiores apostas da empresa de Mark Zuckerberg para o metaverso.
Segundo relatos da própria pesquisadora, dois avatares masculinos se aproximaram dela com uma garrafa de bebida virtual na mão. A dupla proferiu uma série de comentários obscenos até que o avatar de um deles se aproxima do boneco virtual da mulher enquanto o outro apenas observa.
Mesmo que o episódio de violência sexual tenha acontecido somente no metaverso, a pesquisadora afirma ter ficado em estado de choque, forçando o pensamento de que, nada havia acontecido com ela fisicamente, mas sim em um ambiente virtual.
No entanto, o ocorrido é uma forma de demonstrar as reais intenções dos usuários no ambiente virtual, replicando como poderiam agir no mundo físico, representando um risco à sociedade.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.