Radiotelescópio gigantesco captou sinais espaciais e o que ele descobriu é assustador

O radiotelescópio chinês Sky Eye, que já foi considerado um dos maiores do mundo, pode ter captado possíveis sinais de vida fora da Terra.

O radiotelescópio chinês Sky Eye, que já foi considerado um dos maiores do mundo, pode ter captado possíveis sinais de vida fora da Terra. A informação foi divulgada no site do jornal Science and Technology Daily, da China, mas foi posteriormente apagada.

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(Imagem: Alexander Andrews/Unsplash)

Segundo o Space, quando sinais são captados é necessária uma série de testes e verificações tecnológicas para identificar se realmente se trata de uma possível vida extraterrestre ou uma fonte inesperada de interferência vinda da própria Terra.

Conhecido como Telescópio Esférico de Abertura de Quinhentos Metros (FAST), o Sky Eye, traduzido como “olho no céu”, é considerado o maior e mais sensível radiotelescópio (que monitora ondas de rádio) de prato único do mundo. Ele dispõe de uma estrutura imensa que não permite inclinação, mas pode ser apontado em uma direção por milhares de atuadores que deformam a superfície reflexiva do telescópio.

Como o FAST realiza a captação das ondas?

O Sky Eyes detecta radiação em comprimentos de onda de rádio, até 10 cm. Ele é usado para pesquisas astronômicas em uma ampla variedade de áreas, também chamadas de SETI.

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As observações do radiotelescópio também são realizadas pelo modo “piggy-back”, ou seja, enquanto o telescópio também está executando seus programas científicos primários. Dessa forma, grandes áreas do céu podem ser escaneadas em busca de sinais de tecnologia “alienígena” sem interferir em outras operações científicas.

Desde a década de 1960 que registros como esses são perseguidos pelos astrônomos. Foi o caso do americano Frank Drake, que apontou o telescópio Tatel, de 26 metros, para o espaço em direção a duas estrelas similares ao Sol e as escaneou em busca de sinais de tecnologia.

Entretanto, os sistemas instalados no FAST também conseguem processar bilhões de vezes mais do espectro de rádio do que o experimento de Drake.

Mesmo com o radiotelescópio, não há evidências científicas de vida além da Terra

O FAST alimenta cerca de 38 bilhões de amostras por segundo em um cluster de computadores modernos produzindo gráficos detalhados dos sinais de rádio recebidos. Esses gráficos são pesquisados ​​por sinais que se parecem com assinaturas tecnológicas.

Desta forma, ele pode captar sinais fracos com uma sensibilidade 20 vezes maior do que telescópio Murriyang da Austrália, no Observatório de Rádio Parkes.

A sensibilidade acaba causando outras interferências de ondas e os pesquisadores de SETI já enfrentaram esses problemas durante os experimentos.

Em 2021, por exemplo, com o uso do Murriyang, foi detectado um sinal curioso chamado BLC1, que demorou cerca de um ano entre o relato inicial e a publicação da análise revisada por pares. Da mesma forma, podemos precisar esperar um pouco para que o sinal FAST seja analisado com maio complexidade.

“A possibilidade de que o sinal suspeito seja algum tipo de interferência de rádio também é muito alta e precisa ser confirmada e descartada. Este pode ser um processo longo.” explica o professor Zhang Tongjie, cientista-chefe do Grupo de Pesquisa de Civilização Extraterrestre da China.

Enquanto isso, os sinais localizados pelo FAST serão revisados, mas será cada vez mais comum que radiotelescópios encontrem sinais no espaço que sofram interferências, podendo ser novos fenômenos astrofísicos, e até assinaturas tecnológicas genuínas.

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Raio de Luar Mello
Escrito por

Raio de Luar Mello

Jornalista por formação e fotógrafa. Fiz uma especialização em Marketing e já atuei nas áreas de assessoria de imprensa e comunicação, produção de conteúdo, gestão, comunicação interna, copywriter e redação. "Penso, logo escrevo!"