O que acontece se a tecnologia da NASA for usada na Terra ao invés do espaço?
O que aconteceria se a tecnologia da NASA fosse aplicada para resolver problemas aqui na Terra? Veja a resposta neste artigo!
Quando se trata de tecnologia a NASA é referência mundial, afinal de contas a Agência consegue garantir o conforto dos seus astronautas fora da atmosfera e até mandar naves em direção às galáxias distantes. Mas você já imaginou o que aconteceria se toda essa tecnologia da NASA fosse aplicada para resolver os problemas do nosso planeta?
Usando a tecnologia da NASA na Terra, ou melhor, no mar
Essa é uma dúvida comum e, faz todo sentido, se questionar por que gastar bilhões em uma espaçonave enquanto temos tantos problemas no nosso planeta que precisam de solução.
A boa notícia para essas pessoas é que várias dessas tecnologias acabam sendo utilizadas por empresas em campos específicos da indústria, obviamente não são destinadas ao público.
Um exemplo disso é um novo robô aquático que está sendo desenvolvido por um time de pesquisadores do Centro Espacial Johnson da NASA, em Houston.
Utilizando o que aprenderam na agência, eles têm trabalhado no desenvolvimento de um robô capaz de mudar de forma e, segundo seus criadores, diminuir muito os custos de várias operações na indústria marítima.
Robôs aquáticos vs Robôs marítimos
Existem robôs no espaço e existem robôs nos oceanos, mas quais são as diferenças entre os dois ambientes? A resposta dada pela NASA para essa pergunta é “nenhuma”.
Segundo ela, ambos são extremamente exigentes para os robôs e requerem que eles fiquem separados do seu operador humano.
Como é possível ficar um pouco mais perto dos robôs aquáticos, nós podemos ver que a maioria deles foi criado para ser operado manualmente, por cabos ou sinais curtos ligando-os ao “controle remoto”, onde o operador pode dar comandos instantâneos.
Assim, os robôs feitos para exploração aquática são em sua maioria muito mais “simples” do que os espaciais, que necessitam realizar várias operações sem receber nenhuma intervenção humana, porque a comunicação entre o operador e o robô demora um tempo considerável.
Nesse sentido, os robôs espaciais possuem um nível mais alto de Inteligência Artificial (AI), que lhes permite analisar o espaço ao seu redor e realizar ações adequadamente, sem que ninguém fique lhe dando instruções. Já os robôs marítimos não precisam de tudo isso.
Surge o Aquanaut, um robô com tecnologia espacial desenvolvido para ir a fundo do oceano
E se você adicionasse a tecnologia espacial nos robôs marítimos? Essa questão está sendo respondida pelo por Nic Radford, fundador e CEO da Nauticus Robotics Inc., uma empresa especializada na criação de robôs autônomos que criou o Aquanaut.
Nic trabalhou por 14 anos na base Johnson e já trabalhou em projetos relacionados com robótica espacial, inclusive um robô humanoide super preciso (Robonaut 2) que participou inclusive de uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS) onde colocou a prova toda a sua tecnologia servindo de assistente para os astronautas.
Agora voltando para o Aquanaut, os planos de Nic envolvem criar um robô com capacidade de se adaptar a situações adversas enquanto realiza tarefas de manutenção subaquáticas, como em plataformas marítimas.
Um exemplo disso seria reparar tubos de óleo em petroleiras, onde a manutenção é extremamente cara e exige treinamento de pessoal e compra de equipamento personalizado. Na teoria, um robô autônomo conseguiria realizar as mesmas tarefas em muito menos tempo.
O que mais dá para fazer com essa tecnologia da NASA?
As possibilidades não param por aí. O Aquanaut poderia, com a modificação necessária, ser facilmente utilizado para exploração marítima, indo a lugares que os humanos ainda não conseguem e desvendando os mistérios que existem nas profundezas dos oceanos.
Assim como o recém-lançado Telescópio James Webb tem nos ensinado mais sobre as profundezas do espaço.
Indo para áreas mais comuns, o desenvolvimento de tais robôs poderia servir em áreas como indústria e até medicina. Recentemente a NASA anunciou um robô cirurgião que vai participar de uma missão na ISS.
E esses são apenas alguns exemplos. Com o tempo devemos ver ainda mais aplicações para as tecnologias da NASA na superfície do nosso planeta. Já parou para imaginar o que vem por aí?
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Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.