A Twitch é um dos serviços de streaming voltado para o público gamer mais proeminentes do mercado, mas uma decisão recente da empresa está colocando em perigo o futuro dos grandes streamers da plataforma. Como resultado, a Twitch é bombardeado por críticas e perde apoio geral!
Twitch anuncia reajuste na divisão de receita
Recentemente, A Twitch anunciou um reajuste bastante controverso na forma como repassa os valores das inscrições (subs) e bits para os grandes streamers — seus parceiros com contratos premium.
A atual fórmula de repasse era de 70% / 30%, onde o streamer recebia a maioria da receita que gerava, mas parece que a Amazon considerou esse valor desproporcional e agora diminuiu para 50% / 50%, o mesmo que os afiliados — streamers menores — recebem.
Plataforma já tem diversos problemas
É óbvio que a Twitch foi bombardeada com diversos comentários negativos sobre sua nova fórmula matemática, o que soma aos diversos problemas já existentes.
Não é de hoje que criadores de conteúdo reclamam sobre como ela reage para proteger seus parceiros, por exemplo, que vivem sofrendo com discurso de ódio e outros comentários pejorativos durante suas livestreams.
Outro fato que não melhora em nada a reputação do serviço é a infinidade de anúncios inconvenientes durante as transmissões, que a propósito, só desaparecem se você der sub no canal, o que geralmente custa dinheiro.
Mesmo antes do novo “reajuste”, diversos criadores de peso — como Myth, Ludwig e Valkyrae, entre outros — já deixaram a plataforma para conseguir contratos melhores, os três mencionados parecem ter saído para assinar com o YouTube.
50 / 50 não é o suficiente
É importante mencionar que a maioria dos streamers na plataforma já recebem sua remuneração baseada no sistema 50% / 50%. Em questão de valores, isso quer dizer que a cada subs — estamos excluindo os bits porque eles são mais difíceis de contabilizar — que custam cerca de US$ 5, o criador recebe apenas US$ 2,50.
Embora esse valor possa parecer justo para alguns, é importante lembrar que o valor da plataforma só existe devido aos bilhões de horas de conteúdo que os criadores postam nela.
Mas esse valor se mostrou insuficiente para os parceiros da plataforma e uma das opiniões mais votadas na página de feedback da Twitch foi justamente a de aumentar o repasse de 50 / 50 para 70 / 30.
E isso é só considerando os parceiros normais e afiliados, imagina os detentores dos maiores contratos, que produzem ainda mais conteúdo e tem muito mais visualizações do que o streamer médio.
Twitch é bombardeado por críticas
Toda essa situação mostra que a plataforma, que já foi considerada a melhor para streamers de jogos, hoje mal consegue manter suas contratações mais importantes e até os parceiros de médio e pequeno porte não estão satisfeitos.
Uma das principais críticas que os streamers fizeram foi sobre a declaração de Dan Clancy, o presidente da empresa, de que era muito custoso manter a Twitch funcionando. O detalhe mais interessante dessa afirmação é que a plataforma usa os próprios serviços da Amazon.
Mesmo assim, algumas pessoas demonstraram entender os custos associados com a manutenção de um serviço como a Twitch, mas pediram para a empresa pelo menos facilitar a maneira como os streamers utilizam os anúncios na plataforma.
Futuro da plataforma é obscuro e assusta
A recente mudança na plataforma assustou não apenas os criadores, Ryan Morrison, CEO da Evolved Talent Agency, uma companhia especializada na representação de streamers, que comentou o quanto o Twitch tem se mostrado instável. Segundo o agente, a plataforma, que antes era sinônimo de confiança para os streamers, hoje tem que ser avaliada com cautela.
Ele até comenta que antigamente aconselhava aos criadores aguardarem antes de tomar qualquer decisão sobre a plataforma, mas hoje é melhor procurar por alternativas melhores.
Segundo ele, as pessoas erradas estão tomando decisões na Twitch — o pessoal da Amazon fora do ecossistema do serviço de streaming — e isso está atrapalhando quem trabalha com ela.
Levando tudo isso em conta, é provável que vejamos mais nomes expressivos deixando a plataforma por outras alternativas.
Com informação: The Verge.
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