O Bit Magazine foi atrás de respostas para uma pergunta que tira o sono dos professores: a realidade virtual no ensino superior poderá substituir as aulas práticas? O tema foi abordado no Dia Internacional da Educação em evento sobre a forma híbrida de ensino.
O conceito de metaverso vai absorver os professores e laboratórios físicos?
Isso é mentira, mas a dúvida pode atingir muitos professores que acabam ficando receosos e passam a evitar as atualizações metodológicas de ensino para “proteger” seus empregos. Não é para tanto. A educação híbrida, como o nome já diz, define a mistura ou união de métodos diferentes para o melhor aprendizado do aluno.
Os professores podem ficar tranquilos, porque as novas tecnologias de forma alguma vieram para substituí-los e nem limitar os espaços de laboratórios físicos (tão necessários na formação de profissionais de ensino superior).
Segundo os especialistas, os laboratórios têm custos para efetuar os experimentos, sejam de materiais como a escassez para repetir os mesmos experimentos individualmente com cada aluno.
Com a virtualização desses laboratórios, cada estudante poderá realizar o experimento individualmente de maneira virtual. E o melhor: quantas vezes achar necessário para consolidar o conhecimento passado pelo professor.
A realidade virtual serve como opção para ampliar as possibilidades em aula, e não substituir a explicação, acompanhamento e avaliação do professor em relação a cada aluno.
Os humanos sempre criaram os conhecimentos, inclusive as máquinas, e ao que parece continuaremos aprendendo com semelhantes de nossa espécie.
Opções de ensino com realidade ampliada ou virtual enriquecem o aprendizado
Quando pensamos em educação híbrida, o foco não pode estar no ensino, mas sim no aprendizado do aluno. O aluno que deve aprender o melhor possível junto ao professor com todas as ferramentas disponíveis. O professor é fundamental, porém, o mais importante que ensinar é o aluno aprender de fato.
Para o fellow de inovação de Harvard, Gustavo Hoffmann, “é injusto que os professores se tornem gargalos de ensino”. O processo de mudança cultural no ensino que deve ser priorizado e isso depende inteiramente das instituições e professores.
Gustavo cita a busca por metodologias mais ativas, por exemplo, “a sala de aula invertida”, onde os alunos ativamente fazem perguntas, testam e questionam os resultados junto ao professor, movimento inverso das aulas “tradicionais”.
A realidade virtual (metaverso) no ensino superior facilita esse processo. Sem um alto custo de manutenção, os alunos ficam mais livres para investigar e por consequência instigar o professor a dedicar mais tempo aos estudantes, melhorando significativamente a qualidade das aulas e o aprendizado.
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