Um teste histórico e para alguns um tanto quanto assustador foi feito pela Airbus. A gigante europeia decidiu abastecer o A380-800, maior avião do mundo com combustível sustentável de aviação, chamado de SAF.
A curiosidade está associada ao fato de que a base deste combustível possui ésteres hidroprocessados e ácidos graxos, compostos que normalmente são encontrados no óleo de cozinha bastante utilizado em gorduras residuais. O SAF é produzido na Normandia, nas proximidades de Le Havre na França.
A aeronave da Airbus abastecida com SAF decolou do Aeroporto de Blagnac, em Toulouse, na França, e partiu em uma viagem de três horas. O teste teve o objetivo de verificar o comportamento dos motores Trent 900, da Pratt & Whitney.
De acordo com a empresa, foi preciso abastecer o A380 com 27 toneladas do combustível fornecido pela Total Energies. Mas vale destacar que, embora pareça ser um teste inusitado, ele não é o primeiro. Na verdade, já é a terceira vez que a Airbus faz tentativas de combustíveis alternativos.
Esta é uma das razões pela qual ela tem se destacado no ramo de empresas de aviação, tendo em vista que demonstra o maior interesse em desenvolver o SAF e torná-lo usável a longo prazo. Anteriormente, a empresa já havia feito um abastecimento semelhante em um A350 e em um A319neo, tendo experimentado o mesmo material em um helicóptero.
Contudo, é importante explicar que os testes mais recentes feitos pela Airbus não recorrem a nenhum tipo de mistura do SAF junto à querosene, combustível usado na aviação. A pureza deste teste o torna ainda mais relevante.
Hoje, todos os aviões fabricados pela Airbus têm capacidade de operar voos regulares com até 50% de SAF nos tanques. Contudo, os testes visam ampliar este percentual para 100% até 2030. Segundo dados do Waypoint 2050, o SAF poderia contribuir entre 53% a 71% na redução de carbono necessária. Lembrando que todos os esforços são relevantes para alcançar o objetivo legal de zerar as emissões de carbono até 2050.
Preço do combustível aéreo
Enquanto isso, as companhias aéreas se uniram para alertar o Cade sobre o preço do combustível de avião. A união conta com a participação da Alta, Abear, Iata e Jurcaib, todas associações que representam empresas aéreas domésticas e internacionais.
Em conjunto foi elaborado um pedido à autarquia para que a querosene de avião seja incluída no minucioso âmbito do inquérito administrativo do Cade, responsável por apurar os abusos da Petrobras no mercado de combustíveis.
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