Alphabet: acionistas tomam atitude contra dona do Google após decepção
A Alphabet, empresa proprietária do Google, teve um resultado decepcionante em relação às expectativas do Wall Street.
A Alphabet, empresa proprietária do Google, teve um resultado decepcionante em relação às expectativas do Wall Street. O balanço compete ao primeiro trimestre do ano, se mantendo distante em relação ao cenário observado há dois anos atrás, no início da pandemia da Covid-19.
O Google, assim como tantas outras empresas dos mais variados segmentos, sofreu a pressão da pandemia e o resultado foi a queda de investimentos por parte de anunciantes. A redução ocorreu em virtude do receio de uma desaceleração econômica a nível global.
Histórico de receitas do Google
Durante o primeiro trimestre de 2022, o Google obteve uma receita de US$ 68,01 bilhões, o equivalente a R$ 337 bilhões. O montante representa uma alta de 23% em relação ao mesmo período em 2021, porém ficou abaixo do faturamento médio estimado pelos analistas do setor, que era de US$ 68,10 bilhões (R$ 338 bilhões).
O lucro do trimestre em questão somou US$ 16,43 bilhões, o correspondente a US$ 81 bilhões. A quantia consiste na soma US$ 24,62 por ação – ou seja, R$ 122,00. A média de lucro esperada pelos analistas era de US$ 25,76 – R$ 127,00 por papel.
O resultado foi a queda das ações da Alphabet em 6,5% no pregão estendido após a divulgação do resultado. Os números indicam claramente que o Google tem enfrentado dificuldades durante a última fase econômica da pandemia da Covis-19.
Estes impasses promovem a alta dos juros, custos maiores, bem como a escassez de uma vasta gama de produtos. Enquanto isso, a expectativa é que o Google obtenha uma participação na margem de 29%.
O percentual representa a maior fatia do mercado global no ramo de publicidade online em 2022, o qual é estimado em US$ 602 bilhões, o equivalente a R$ 2,9 trilhões. De acordo com a Insider Intelligence, se a estimativa for confirmada, este será o 12º ano consecutivo de liderança da empresa neste setor.
Hoje, as ações da Alphabet acumulam uma queda superior a 17%. Entretanto, nos últimos dois anos, os papéis tiveram uma valorização na margem de 90%.
É importante mencionar que a proprietária do Google comprou, recentemente, mais de UR$ 81 bilhões – R$ 402 bilhões em ações no decorrer dos últimos dois anos.
Além disso, na última terça-feira, 26, o conselho de administração da empresa liberou outros US$ 70 bilhões – R$ 347 bilhões em recompras.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.