A Amazon estaria supostamente tendo vínculos com fornecedores na China que estão relacionados com o trabalho escravo. A informação está em um relatório do Projeto de Transparência Tecnológica (TTP), que é um grupo de pesquisa sem fins lucrativos da empresa Campaign for Accountability.
O relatório faz fortes acusações contra a gigante do e-commerce, como manter a parceria de trabalho com esses fornecedores mesmo diante das várias evidências da sua ligação com trabalho irregular.
“As descobertas levantam questões sobre a exposição da Amazon à repressão chinesa à minorias em Xinjiang – e até que ponto a gigante do comércio eletrônico está examinando adequadamente seus relacionamentos com fornecedores”, escreveram os autores do relatório. “A Amazon diz que seus fornecedores ‘não devem usar do trabalho forçado’ e que ‘não tolera fornecedores que traficam trabalhadores ou de qualquer outra forma exploram trabalhadores por meio de ameaça, força, coerção, sequestro ou fraude’. Mas sua lista de fornecedores conta uma história diferente.”
Amazon teria quebrado políticas internas
Além disso, o relatório trazia duras afirmações sobre a quebra de política da empresa, indo totalmente na contramão daquilo que ela dizia ter como base para suas relações de trabalho.
“O uso contínuo da Amazon de empresas com vínculos bem documentados com trabalho forçado em Xinjiang lança dúvidas sobre a intolerância declarada da gigante da tecnologia em relação aos abusos dos direitos humanos em sua cadeia de suprimentos”, dizia uma parte do relatório.
Após esse relatório ter chegado ao conhecimento público, a empresa passou a sofrer diversas críticas e questionamentos a respeito desse vínculo. Tratando logo de tentar resolver e colocar panos quentes sobre a situação, em nota afirmou que não tem conhecimento sobre essas ações dos seus parceiros e que iria investigar o caso.
“A Amazon cumpre as leis e regulamentos em todas as jurisdições em que opera e espera que os fornecedores cumpram nossos Padrões de Cadeia de Suprimentos. Levamos a sério as alegações de abusos de direitos humanos, incluindo aquelas relacionadas ao uso ou exportação de trabalho forçado. Sempre que encontramos ou recebemos provas de trabalho forçado, agimos”, disse a porta-voz da Amazon, Erika Reynoso, em comunicado à NBC dos Estados Unidos.
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