Amazon toma decisão polêmica sobre funcionários que fazem aborto
A Amazon tomou uma decisão polêmica nos últimos dias, a de custear as despesas de funcionários que precisarem se submeter a um aborto.
A Amazon tomou uma decisão polêmica nos últimos dias, a de custear as despesas de funcionários que precisarem se submeter a um aborto. Para tal, a empresa fará um investimento de R$ 400 mil ao ano, possibilitando que os funcionários viagem para estados onde o procedimento é permitido.
Porém, a Amazon custeará o tratamento apenas em situações de risco de morte, incluindo o próprio aborto e atendimento para transgêneros. O anúncio foi feito momentos após vazer rumores sobre a Suprema Corte apreciar medidas que visam barrar o aborto em vários estados vermelhos, como o Texas, deixando milhares de mulheres desamparadas.
A notícia a respeito surgiu logo após empresas como a Apple, Citigroup, Levi’s e Yelp se comprometerem em investidas similares.
De acordo com o porta-voz da Amazon, a empresa expandiu o benefício de viagem e hospedagem para cobrir viagens para um diversidade de condições sem risco de morte se um provedor não estiver disponível a 100 milhas da residência do funcionário.
“Isso não é específico para nenhum tratamento ou condição, e a lista é muito maior do que aborto e atendimento a transgêneros”, explicou.
É importante ressaltar que tanto os funcionários corporativos quanto aqueles que atuam nos depósitos serão elegíveis para o benefício, desde que estejam inscritos nos planos de saúde Premera ou Aetna da Amazon. Por ora, o benefício será concedido apenas nos Estados Unidos da América (EUA), a partir do dia 1º de janeiro de 2023. Ainda não há informações nem previsões sobre a expansão da medida para outros países como o Brasil.
Lei anti-aborto do Texas
Mencionado acima como exemplo de um dos estados mais rígidos no que compete ao aborto, o Texas possui a lei denominada de SB 8 – que não só proíbe o aborto após as seis primeira semanas de concepção, como também não oferece nenhum apoio caso a gestação seja oriunda de estupro ou incesto, como normalmente acontece em outros países.
O Texas ainda possibilita que cidadãos comuns processem provedores do aborto e possíveis cúmplices. O resultado da nova legislação antiaborto no Texas foi uma acusação de assassinato após uma mulher passar por um aborto induzido. A situação prevaleceu mesmo após as acusações terem sido retiradas.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.