A estação de verão na Antártida atinge temperaturas que deixam o ar em um nível quente o suficiente para derreter a neve e o gelo em superfícies de grandes camadas, aquelas que compõem 99% desta região. A água derretida se acumula, formando milhares de lagos pelas bordas do continente e, por consequência, são criadas plataformas de gelo gigantescas que flutuam pelo mar.
O peso ou tamanho excessivo pode fazer com que essas plataformas de gelo se quebrem, resultando em colapsos famosos, como o da plataforma de gelo Larsen B na Península Antártica que, no ano de 2002, se despedaçou completamente em questão de semanas.
O fenômeno na Antártida foi registrado por satélites, representado pelo surgimento e drenagem de milhares de lagos por toda a superfície antes de se romper.
Na visão de cientistas que estudam sobre o tema, a água oriunda do degelo de largos foi responsável por intensificar as rachaduras e fendas dentro da plataforma. Este processo é chamado de hidrofraturação.
Para quem ainda não entende como este cenário se desenvolve, imagine que as plataformas de gelo funcionam como batentes de portas, capazes de suportar massas de gelo vastas, as famosas geleiras situadas no interior.
Contudo, se essa hidrofraturação forçar o rompimento, os rios de gelo que suprem a plataforma de gelo irão fluir com mais rapidez para o oceano, contribuindo para o aumento do nível do mar.
Recentemente, cientistas descobriram que lagos ao redor da camada de gelo da Antártida são mais extensos do que se imaginava a princípio.
O nadador de resistência Lewis Pugh, teve a oportunidade de nadar um quilômetro em um dos lagos no ano de 2020. Na época, a atitude do nadador teve o intuito de divulgar a conscientização a respeito das mudanças climáticas.
Pesquisas evidenciam situação crítica da Antártida
Um estudo publicado pela Nature Communications revela a maneira como a cobertura junto aos volumes dos lagos de água derretida variaram no decorrer dos anos por todo o manto de gelo da Antártida.
Ao todo, foram analisadas mais de duas mil imagens de satélite da camada da Antártida Oriental, a maior do mundo, visando registrar a mudança de tamanho e volume nos últimos sete anos.
As análises realizadas até o momento mostrar que os lagos de água derretida na superfície do manto de gelo da Antártida Oriental eram relativamente escassas, tornando as mudanças anuais quase desconhecidas – além de dificultar a avaliação a respeito de algumas plataformas de gelo nas proximidades, no intuito de identificar se estavam próximas do rompimento em meio aos efeitos das mudanças climáticas.
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