A desvalorização do Bitcoin segue persistente nos últimos meses. O preço unitário da criptomoeda ficou abaixo de US$ 24 mil na última segunda-feira (13), praticamente metade do preço negociado no mês de março. Com o valor mais baixo, pode-se repensar o lucro com a mineração e, consequentemente, reduzir a demanda de energia elétrica.
Relação entre o Bitcoin e o meio ambiente
Apesar de a desvalorização do Bitcoin já ser um cenário que prevalece desde o início do ano, a queda drástica e repentina dentro de 24 horas promove impactos inimagináveis no meio ambiente.
Em tese, a queda no valor da criptomoeda foi o bastante para conter o uso excessivo de energia em torno da moeda digital e, por consequência, reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Primeiro, é importante voltar em novembro de 2021, a época em que o Bitcoin bateu US$ 69 mil, pois desde então, o consumo anual da rede elétrica foi estimado em, aproximadamente, 180 a 200 terawatts-hora (TWh).
Esta é a quantidade estimada de eletricidade que costuma ser usada pelos centros de mineração espalhados por todo o mundo há anos.
Em resumo, quanto maior é o preço do Bitcoin, maior é o incentivo pela mineração e, por consequência, a consequência também sobressai. Apesar desta estratégia, a manutenção dos valores elevados no patamar do pico mencionado não é uma regra. Basta que o preço da criptomoeda permaneça acima de US$ 25 mil.
Assim, a rede Bitcoin tem a capacidade necessária para sustentar as operações de mineração, cujo consumo anual é de 180 TWh. Os detalhes a respeito dos gastos foram divulgados ainda em 2021, através da pesquisa elaborada pelo economista de moeda digital, Alex de Vries, e publicada pelo The Verge.
É importante compreender que preços inferiores a US$ 25,2 mil podem instigar os mineradores a acessar ou reduzir drasticamente suas operações de acordo com a plataforma de negociação Bitcoin 360 ai. Tal decisão está relacionada ao desinteresse em arriscar gastar mais dinheiro em eletricidade do que os ganhos obtidos pela mineração de novos tokens.
“Estamos chegando a níveis de preços em que está se tornando mais desafiador [para os mineradores]. Onde não está apenas limitando suas opções de crescer ainda mais, mas na verdade, vai impactar as operações do dia-a-dia”, ponderou o economista.
Ainda levará algum tempo para se conseguir fazer cálculos precisos e efetivos a respeito dos benefícios da desvalorização do Bitcoin para o meio ambiente. Porém, quanto menor for o consumo de energia, melhor será para o meio ambiente.
Em contrapartida, caso os preços não consigam recuperação rápida, as mineradoras terão que percorrer um caminho difícil pela frente. O baixo preço do ativo.
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