Apple irrita apps com remoção de aplicativos de forma confusa

Apple foi confusa ao explicar por e-mail sua política para remoção de aplicativos "ultrapassados" em sua App Store e empresa se manifesta

Desenvolvedores ficaram frustrados com a comunicação enviada pela Apple a respeito de novas políticas da App Store. Após a confusão, a empresa se defende sobre a comunicação de remoção de aplicativos feita por e-mail, que deixou todos os criadores de apps apreensivos.

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(Imagem: Zhang Kaiyv/Unsplash)

Apple esclarece conteúdo “estranho” em e-mail enviado para criadores de apps

O objetivo da Apple era simples: otimizar a listagem de apps em sua loja, mantendo apenas aqueles sendo feitos com objetivo de manter uma “cauda longa” de serviços, por constante desenvolvimento e atualizações.

A situação não foi compreendida de forma clara para quem recebeu o e-mail, a ponto de a gigante americana precisar chegar ao público com um comunicado oficial para explicar o caso.

No primeiro e-mail, a mensagem entendida pelos desenvolvedores foi apenas a de um alerta os destinatários de que seus aplicativos enfrentariam a remoção da App Store, pois não existia atualização em um “período significativo de tempo”. 

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O comunicado enviado dizia a cada desenvolvedor que eles teriam que enviar uma atualização para seu aplicativo ou aplicativos afetados dentro de 30 dias para evitar a sua remoção da App Store.

Rapidamente os desenvolvedores começaram a se manifestar (principalmente no Twitter), alegando que seus apps estavam em perfeito funcionamento e com estrutura moderna, devendo ser vistos como um produto final acabado e não algo que precise constantemente de atualizações para “corrigir erros”.

O comunicado oficial e a mensagem final da Apple sobre remoção de aplicativos

A empresa se defende afirmando que não é uma medida nova, é um processo que já está em vigor ao longo dos anos:

“Em 2016, para garantir uma grande experiência do usuário e por sugestão de desenvolvedores, lançamos o processo de Melhorias na App Store para remover aplicativos que não funcionam mais como pretendido, não seguem as diretrizes atuais de revisão ou estão desatualizados.”

A Apple alega que sua medida ao longo do período já removeu cerca de 2,8 milhões de aplicativos que já não atendiam ao público como deveria, principalmente em relação à segurança e proteção dos dados do usuário.

Para definir quem seria ou não retirado das listas da App Store, a empresa definiu parâmetros bem específicos de “atualização” e “usabilidade”.

“Como parte do processo de Melhorias na App Store, desenvolvedores de aplicativos que não foram atualizados nos últimos três anos e não conseguem cumprir um limite mínimo de download — o que significa que o aplicativo não foi baixado em nenhuma ou extremamente poucas vezes durante um período de 12 meses — recebem um e-mail notificando-os de que seu aplicativo foi identificado para possível remoção da App Store.”

Sobre o prazo para atualização, respectivos aos desenvolvedores que receberam o alerta por e-mail, a Apple fez uma extensão do prazo.

“E os desenvolvedores, incluindo aqueles que recentemente receberam um aviso, agora terão mais tempo para atualizar seus aplicativos, se necessário — até 90 dias. Os aplicativos removidos continuarão funcionando normalmente para usuários que já baixaram o aplicativo em seu dispositivo.”

É o caso dos desenvolvedores fazerem uma “pequena atualização” em seus aplicativos ou investirem em campanhas para serem baixados. A empresa americana só não pretende manter listado os apps que ela considera “inúteis” em sua lista de ofertas na App Store.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.