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Apple pode mudar políticas no seu ecossistema e você terá mais opções e liberdade

Em breve você pode ter mais opções na hora de fazer o download, e talvez até a compra, dos seus aplicativos e programas nos dispositivos da Apple. Segundo notícias recentes, a empresa estaria estudando a opção de permitir que usuários usem lojas de terceiros em seu ecossistema, mudando de vez seu formato de negócios.

Lojas de terceiros na Apple: empresa pode mudar suas políticas em breve – Imagem: James Yarema on Unsplash

Apple pode permitir lojas de terceiros em breve

As informações foram passadas através de um post do Bloomberg, do especialista em assuntos relacionados com a maçã, Mark Gurman. Segundo ele, a partir de 2023, a Apple vai mudar a sua política de restrição a lojas de apps de terceiros.

Aparentemente, a empresa já seria forçada a fazer a alteração em 2024, devido a uma nova regulamentação da Comissão Europeia que visa criar regras para garantir competitividade no mercado, mas vem estudando a possibilidade de implementar essa mudança um ano mais cedo.

Quando a mudança chegar, usuários do iPhone, por exemplo, vão poder fazer o download dos seus aplicativos sem precisar abrir a App Store. Isso pode fazer com que a quantidade de aplicativos disponíveis para o ecossistema aumentem de forma considerável.

A medida também pode acabar com aquela velha disputa dos 30% de impostos cobrados pela Apple sobre transações de aplicativos.

Apple considera os riscos

Nem tudo são flores. Com argumentado pela Apple, abrir seu ecossistema para “sideloading” — instalação de software sem usar a App Store — levanta sérios riscos de segurança e privacidade, já que fica mais difícil para aplicar os seus rígidos padrões de moderação.

Sobre isso, a empresa já está estudando alternativas para proteger seus dispositivos contra aplicativos inseguros. Uma das medidas consideradas por ela é verificação deles mesmo fora da App Store, embora ainda não saibamos como isso pode de fato acontecer.

União Europeia fechando o cerco na Apple

Essas mudanças são necessárias para adequação a DMA (Lei de Mercados Digitais), um projeto apresentado pela União Europeia (UE) para garantir que plataformas digitais ofereçam opções equivalentes a “mercado aberto” em seus sistemas, nivelando o campo de jogo para desenvolvedores e melhorando a vida digital dos consumidores.

A UE chama empresas como a Apple de “gatekeeper”, já que oferecem produtos e serviços para seus consumidores enquanto agem como intermediários em uma posição de controle e com potência de impacto internacional —  o termo pode ser traduzido como “porteiro”, ou “guardião do portão”.

Com a regulamentação, que não afeta apenas a Apple, mas todas as plataformas que agem dessa maneira, o mercado deve ganhar mais opções.

Inicialmente a lei só deve entrar em vigor na União Europeia, mas assim como a regulamentação do USB-C como padrão de conexão para dispositivos móveis, é possível que órgãos regulamentadores de outros lugares a adotem em breve, inclusive no Brasil.

Fonte: Bloomberg, Comissão Europeia

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