Mesmo com as tecnologias e os estudos recentes e algum aprofundamento sobre os fenômenos que acontecem no espaço, ainda falta muito para ser desvendado. Agora, o asteroide Phaeton parece estar se movimentando de um jeito rápido demais – e muito diferente do que de costume.
Asteroide Phaeton levanta dúvidas em cientistas
O asteroide Phaeton está relativamente próximo da Terra e é responsável pela anual chuva de meteoros Geminids, sendo flagrado fazendo uma nova movimentação bem diferente do esperado.
Estudiosos que pesquisam a mudança de luz do Phaeton chegaram a conclusão que o asteroide está girando cada vez mais rápido em seu próprio eixo, e reduzindo em cerca de 4 milissegundos a cada ano. Mesmo não parecendo muito, o estranho é que, até agora, nenhum asteroide mudou seu tempo de rotação.
Aliás, descobrir que o Phaeton consegue fazer isso traz um alerta aos cientistas para que se possam estudar sobre asteroides “potencialmente perigosos” que passam pela Terra enquanto orbitam pelo Sol.
Embora não apresente nenhum perigo ao nosso planeta – por hora -, a mudança em questão serve para estudos de precaução caso algo repentino ocorra ou até mesmo estejamos diante de um acidente interplanetário – mesmo com a missão DART tendo tido sucesso.
Característica incomum o tornou alvo
Por se tratar de características não muito comuns em asteroides, o Phaeton se tornou um novo alvo para uma missão de aterrissagem, a DESTINY+ (Demonstração e Experimento de Tecnologia Espacial para Viagem Interplanetária com Phaethon fLyby e DUst Science) que será comandada pela Agência Espacial Japonesa.
A partir dessa nova descoberta, os esforços estão focados em descobrir mais sobre este fenômeno para ser possível chegar ao corpo rochoso.
A rotação faz com que o brilho de Phaeton sejam afetado e mude; essa mudança está sendo melhor analisada nos estudos.
Sean Marshall, do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, é um dos líderes do estudo e afirmou:
“As previsões do modelo de forma não coincidiram com os dados. Os momentos em que o modelo era mais brilhante estavam claramente fora de sincronia com os momentos em que Phaethon foi realmente observado como mais brilhante.”
Dados foram analisados de 1989 a 2021, mostrando que, ano após anos, foi difícil a conferir a diminuição de tempo, mas quando foram observadas décadas, a perda de 4 milissegundos apareceu.
Phaeton está em um dos 11 asteroides, dentro de milhares já catalogados, com a sua rotação acelerada. As impressões sobre o asteroide foram apresentadas na 54ª Reunião Anual da Divisão de Ciências Planetárias da American Astronomical Society.
Com informações: Science Alert.
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