Asteroides próximos da Terra podem ser mil vezes mais perigosos que bomba nuclear

Em casos de maior dimensão física, asteroides próximos da Terra podem chegar ao poder de mil bombas nucleares como a de Hiroshima

Somos tão pequenos em relação ao universo, que nossa arma destrutiva de maior poder não se compara com as possíveis colisões com corpos gigantes presentes no espaço. Asteroides próximos da Terra podem ser mil vezes mais perigosos que bomba de Hiroshima.

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Asteroide em aproximação visto da terra (Imagem: Chris Henry/Unsplash)

A mortalidade depende do comprimento de diâmetro do asteroide (Imagem: Chris Henry/Unsplash)

Além de nossa fúria destrutiva, eventos de colisão entre à Terra e asteroides possui maior poder apocalíptico

A chance de aniquilação da existência humana em curto prazo por meios próprios é maior que possíveis “choques com asteroides mortais” na mãe Terra. A janela casual é muito grande, pois perante a existência do universo, a vida humana terrestre é menos que um piscar de olhos em sua linha temporal.

Considerando todas as hipóteses, o fato é: mesmo com a possibilidade sendo menor, o poder destrutivo de um impacto entre o planeta e estes asteroides próximos é muito maior que nossas históricas bombas atômicas. Algo como o filme “Armaggedon”, mas sem o Bruce Willis para nos salvar.

Isso não saiu da minha cabeça ou de um filme de ficção científica, mas sim de entrevistas com astrônomos e publicadas pelo jornal The New York Times. O observador e astrônomo em questão, o húngaro Krisztián Sárneczky, estava trabalhando normalmente na primeira quinzena de março para identificar o que seria seu asteroide “próximo” de número 64. 

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Bom, tudo estava indo conforme as observações habituais, mas em um determinado momento, olhando com mais cautela, tudo mudou na conclusão do cientista:

“Seu movimento era veloz e foi quando percebi estar se aproximando rapidamente de nós (planeta Terra).” 

Poderia ter sido o fim da existência humana no planeta, se o tamanho do asteroide fosse superior aos seus quase dois metros de cumprimento. Por ser tão pequeno, acabou se tornando um choque inofensivo. Contudo, a identificação de um corpo deste tipo, momentos antes da colisão, através da observação de um pesquisador, aconteceu em apenas outras cinco ocasiões, segundo o jornal americano.

Visão através do telescópio do astrônomo húngaro (Imagem: Krisztián Sárneczky/Divulgação)

Visão do asteroide através do telescópio do astrônomo húngaro (Imagem: Krisztián Sárneczky/Divulgação)

NASA possui métodos para identificar com antecedência possíveis “colisões mortais”

Mesmo sendo apenas um susto, asteroides próximos da Terra são uma boa forma de testar os equipamentos que a NASA dispõe para verificar aproximações “perigosas” vindas do espaço. 

Um dos sistemas da agência americana é chamado Scout. Após a observação do astrônomo húngaro e seu compartilhamento imediato de informações, ele calculou com precisão as informações sobre a hora e região de entrada do asteroide na atmosfera terrestre.

O cálculo, porém, não é feito de forma automática: são necessários dados do observador, como foi o caso do húngaro ou de outra fonte que faz a monitoração e coleta. Geralmente, a fonte primária de dados para o cálculo do Scout é o Minor Planet Center, uma central controlada pela união internacional de astronomia.

Atualmente, as informações desse e outros equipamentos disponíveis são isso, apenas informações. Enquanto a identificação for sobre asteroides “inofensivos” estaremos bem.

Traumático seria identificar um asteroide muito maior vindo em nossa direção. Não seria nada confortável e as informações sendo reveladas antes do impacto, fomentaria um caos sem precedentes. 

O planeta Terra não tem maneiras de se proteger de uma situação assim, apesar de esforços mundiais já estarem caminhando na direção de um programa de defesa espacial global, com o “bom uso” de armas nucleares para “destruir nosso carrasco” ou simplesmente desviá-lo.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.