Hugo Cruz, Autor em BIT magazine

Você provavelmente já ouviu falar ou se perguntou "O que é a Deep Web?", certo? Essa parte da internet é desconhecida do grande público. Além disso, existe uma ideia geral de que esse é um lugar é extremamente perigoso. Mas isso é verdade? Para entendermos melhor a Deep Web, vamos fazer uma analogia, onde a internet é um iceberg. A parte que fica para fora da água e é visível por todos, é a nossa internet padrão. Onde acessamos os sites em nosso dia a dia por meio dos navegadores comuns e buscamos por nomes ou endereços. Imagem: Iberdrola Deep Web: O que é e como funciona? Onde fica? A internet aberta é a camada de superfície “visível”. Se continuarmos a visualizar toda a teia como um iceberg, a internet padrão que utilizamos seria a parte superior que está acima da água. Do ponto de vista estatístico, esse coletivo de sites e dados representa menos de 5% do total da internet. Todos os sites comumente voltados para o público acessados por meio de navegadores tradicionais, como Google Chrome, Internet Explorer e Firefox, estão contidos aqui. Os sites geralmente são rotulados com operadores de registro como “.com” e “.org” e podem ser facilmente localizados com mecanismos de pesquisa populares. Já os sites alocados na Deep Web só podem ser acessados através de navegadores específicos para isso. As páginas por lá são compostas por links totalmente "aleatórios", o que torna muito difícil o rastreio ou acesso pela busca do nome. É preciso, na maioria das vezes, manter os links salvos de alguma forma para poder acessar aquele domínio quando quiser. Qual é a diferença entre Deep Web e Dark Web? Os grandes motores de busca podem ser considerados como barcos de pesca que só podem "pegar" sites próximos à superfície. A deep web representa aproximadamente 90% do conteúdo não visto em todos os sites. Ela é tão grande que é impossível descobrir exatamente quantos sites estão ativos ao mesmo tempo. Todo o resto, de periódicos acadêmicos a bancos de dados privados e mais conteúdo ilícito, está fora de alcance. Essa deep web também inclui a parte que conhecemos como dark web, uma camada ainda mais obscura onde ficam concentrados conteúdos de origem ilícita e perturbadora. Embora muitos meios de comunicação usem "deep web" e "dark web" de forma intercambiável, grande parte da parte desses lugares são perfeitamente legais e seguros. Algumas das maiores partes dela incluem: Bancos de dados: coleções de arquivos protegidas tanto públicas quanto privadas que não estão conectadas a outras áreas da web, apenas para serem pesquisadas dentro do próprio banco de dados. Intranets: redes internas para empresas, governos e instalações educacionais usadas para comunicar e controlar aspectos de forma privada dentro de suas organizações. Caso você esteja se perguntando como acessar essa parte da rede, é provável que você já a use diariamente. O termo "deep web" refere-se a todas as páginas da web que não são identificáveis pelos mecanismos de pesquisa. Os sites da deep web podem estar escondidos atrás de senhas ou outras paredes de segurança, enquanto outros simplesmente dizem aos mecanismos de pesquisa para não “rastreá-los”. Sem links visíveis, essas páginas ficam mais ocultas por vários motivos. Acesse a Deep Web com segurança / (Foto: FreePik) Quais os perigos da Deep Web? A Deep Web é um lugar que pode ser navegado tranquilamente a depender do tipo de uso que você faz dela. O que torna ela um lugar perigoso é a quantidade de coisas ilegais que você pode encontrar por. Isso faz com que existe uma enorme resistência em relação a essa parte da rede. O lado negro dessa parte da internet é permitir encontrar sites que façam venda de drogas, pornografia ilegal, armamentos e até coisas mais bizarras e inimagináveis - como tráfico de órgãos humanos. A polícia e o governo inclusive, tentam usar esses lugares como pontos de investigação para rastrear criminosos. Então, sim, lá se torna um lugar perigoso apenas para quem busca conteúdos ilegais - dendo possível encontrar diversos vírus, invasores e ataques ao buscar páginas assim. Porém, se usada como um recurso para ampliar as suas pesquisas dentro da legalidade, é um lugar tão seguro quanto a "internet padrão". Leia também: PicPay oferece curso gratuito de programação com 50 mil vagas

Hugo Cruz

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