Bactérias do lixo alimentar estão sendo usadas para fabricar algo incrível
A startup Polybion faz estudos visando aprimorar a eficácia de unidades de reciclagem e produção de materiais naturais, as bactérias.
A startup Polybion, situada no México, faz estudos constantes visando aprimorar a eficácia de unidades de reciclagem e produção de materiais naturais, as bactérias.
A inteligência desenvolvida pela empresa já permite, por exemplo, a criação de couro mediante o uso de bactérias presidentes em resíduos alimentares.
Uso de bactérias na reciclagem
Em um um mundo onde a infraestrutura de reciclagem industrial está cada vez mais fragmentada e escassa perante o fornecimento circular de materiais, uma solução oriunda da natureza e que seja capaz de sanar este problema é muito bem-vinda.
As bactérias são uma espécie em abundância, além de serem os organismos mais simples da Terra, evoluindo por 3,5 bilhões de anos, além de sobreviver às extinções em massa e mudanças ambientais extremas no decorrer do tempo.
Todos estes fatores a tornaram altamente eficazes na condução de reações bioquímicas em simbiose com a natureza. Essas reações incluem o metabolismo de resíduos gerando a construção de novos organismos, o principal, sem a necessidade de recorrer a uma infraestrutura industrial.
Por que usar bactérias?
A escolha pelo uso das bactérias para viabilizar este tipo de tecnologia está relacionada à simplicidade enquanto microrganismos unicelulares, capazes de torná-las potências microscópicas que produzem substâncias extremamente úteis, como a celulose, durante os processos metabólicos naturais.
Por esta razão, a Polybion, cuja sede se encontra em Guanajuato, se aproveita desta condição para incluir uma camada de bioengenharia e reestruturar os códigos e genes das bactérias. Este foi o meio encontrado para organizar saídas metabólicas precisas e criar o que é chamado de biomateriais.
O primeiro passo consiste na membrana da celulose, transformada em uma espécie de pele pelas bactérias. É justamente esta pelo que, quando estruturada corretamente, pode ser usada como uma alternativa para o couro, chamada de Celium.
No que compete exclusivamente às alternativas ao couro, o Mycelium, costumeiramente cultivado através de fungos, se tornou um organismo bastante atrativo.
Ele, inclusive, já foi descoberto e tem sido usado por marcas como Allbirds, que atua mediante o uso de materiais baseados em plantas, como o Mirum da NFW. E não é apenas ela, a Hermes trabalha com o Fine Mycelium da Mycoworks.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.