Brasil já se prepara para o 6G, futuro é ainda distante mas as pesquisas avançam de forma sólida
Conheça o Smartness, o novo projeto de pesquisa e desenvolvimento de infraestruturas para as redes 5G e 6G. O Brasil saindo na frente nessa.
A quinta geração da tecnologia de telefonia móvel (5G) começou a ser implementada por aqui em meados de 2022, com a promessa de uma internet mais rápida e estável. A tecnologia ainda nem está presente em todas as cidades do país, mas o Brasil já se prepara para dar o próximo passo inaugurando nesta semana um centro de pesquisa que já estuda as possibilidades do 6G.
FAPESP e Ericsson inauguram a Smartness
O 5G é uma tecnologia muito recente no Brasil, e em vários outros lugares do mundo. Não só a rede ainda não está disponível em todo o território nacional, como o número de dispositivos em uso que suportam ela ainda é relativamente pequeno. Isso significa que muito pouco do potencial da rede foi explorado até o momento.
Para mudar esse quadro, auxiliando no desenvolvimento de soluções baseadas no 5G, a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) inaugurou no dia 5 de dezembro, em parceria com a Ericsson e várias universidades brasileiras, a Smartness (Centro de Pesquisa em Engenharia Smart Networks and Services 2030).
O objetivo é fazer do centro de pesquisa, localizado na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o ponto central de excelência em telecomunicações do país.
Tendo o apoio da FAPESP através do CPEs (Centros de Pesquisa em Engenharia que trabalha para criar oportunidades de interação entre iniciativa privada e o setor acadêmico para o desenvolvimento de pesquisas de alto impacto social), ele reúne pesquisadores de várias instituições, como USP (Universidade de São Paulo) e UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
Smartness e a pesquisa com tecnologias 6G
O objetivo do novo centro é explorar soluções inovadoras em telecomunicações que ajudem na criação de infraestruturas de computação em nuvem e redes cognitivas orientadas por aprendizado de máquina e IA (inteligência artificial) para o desenvolvimento da próxima geração de serviços de conectividade.
“[o Smartness] Reunirá alguns dos mais experientes pesquisadores do país na construção de uma nova plataforma de rede habilitada para capacitar modalidades de uso de 5G e também de 6G verdadeiramente revolucionárias”, diz o chefe de pesquisa da Ericsson no Brasil, Mateus Santos.
Mateus acredita que as redes móveis têm o potencial de transformar a experiência IoT (internet das coisas) — sigla usada para representar a capacidade de diferentes dispositivos de se conectarem à internet.
Mas as ambições por trás do projeto vão além da recém implementada 5G. Mateus afirma que já estão de olho no que o futuro reserva, querendo deixar prontas as infra-estruturas que vão ser a base da 6G.
“Também temos com esse projeto o objetivo e o compromisso de desenvolver recursos humanos aptos a operar, otimizar e empreender a infraestrutura, as aplicações e os serviços da próxima geração de redes de telecomunicações, mantendo o Brasil no ranking Top 5 internacional de desenvolvimento de redes 6G”, afirma.
Para cumprir com os objetivos, o projeto conta com uma equipe de primeira, começando pelo diretor, Christian Rodolfo Esteve Rothenberg, professor da FEEC (Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação) da Unicamp, pela vice-diretora Maria Valéria Marquezini, pesquisadora chefe da Ericsson, e mais de 50 especialistas em engenharia elétrica, computação, telecomunicações ou áreas correlatas, vindo das várias universidades que formam a parceria.
A expectativa é de que o Smartness apresente resultados satisfatórios até 2030, ano no qual é esperado que o 6G dê as caras, seguindo o atual ciclo de 10 anos para a implementação de uma nova tecnologia de rede móvel — 4G em 2010 e 5G em 2020, embora tenham demorado um pouco mais para chegar ao Brasil.
Fonte: FAPESP
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Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.