A NASA fez observações recentes de um buraco negro devorando uma estrela e isso poderá ajudar astrofísicos e cientistas a desvendarem mais mistérios sobre os comportamentos predatórios que existem pelo universo.
Buraco negro observado pela NASA se impõe
Meio que sem querer, a NASA conseguiu captar alguns dados de um buraco negro que estava engolindo uma estrela errante a cerca de 250 milhões de anos-luz da Terra, bem no centro de outra galáxia.
Esse foi o quinto exemplo mais próximo de um buraco negro devorando uma estrela já observado.
Logo depois do feito, os cientistas observaram que houve um aumento considerável nos raios-X de alta energia ao redor do buraco negro. Isso quer dizer que, a medida que o corpo celeste foi puxado para ser engolido, acima do buraco negro se formou uma estrutura extremamente quente chamada de coroa.
Segundo o telescópio mais sensível para captar esse tipo de comprimento de onda, o NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescopic Array) da NASA, fez uma projeção do que teria ocorrido.
“O trabalho demonstra como a destruição de uma estrela por um buraco negro – um processo formalmente conhecido como evento de ruptura de maré – pode ser usada para entender melhor o que acontece com o material capturado por um desses gigantes antes de ser totalmente devorado.”
Algo extremamente raro de ocorrer, mesmo para o espaço
Um buraco negro literalmente devorar uma estrela é considerado algo muito rápido, durando apenas dias ou horas. Conseguir captar e trabalhar os dados desse fenômeno é algo raro ainda. O nome dado ao movimento é de “ruptura de marés”.
O coautor do estudo Suvi Gezari, astrônomo do Space Telescope Science Institute em Baltimore, disse:
“Os eventos de ruptura das marés são uma espécie de laboratório cósmico. Eles são nossa janela para a alimentação em tempo real de um enorme buraco negro à espreita no centro de uma galáxia.”
O foco do novo estudo está em um evento chamado AT2021ehb, que ocorreu em uma galáxia distante em que o buraco negro central tem aproximadamente 10 milhões de vezes a massa do sol.
Yuhan Yao, estudante de pós-graduação em Caltech em Pasadena, Califórnia, e principal autor do novo estudo, afirmou:
“Nunca vimos um evento de perturbação das marés com emissão de raios-X como este sem a presença de um jato. (…) Nossas observações de AT2021ehb estão de acordo com a ideia de que os campos magnéticos têm algo a ver com a forma como a coroa se forma, e queremos saber o que está fazendo com que esse campo magnético fique tão forte.”
A NASA está formulando uma missão em conjunto com universidades dos Estados Unidos e também com outras instituições internacionais para observar melhor este tipo de fenômeno.
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