A guerra entre a Rússia e a Ucrânia tomou grandes proporções, que foram muito além de sanções econômicas. Além do encarecimento de insumos, como o petróleo e demais produtos importados dos países em conflito, os efeitos já chegaram a plataformas como o TikTok.
Agora, devido à nova lei sancionada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, quanto à proibição da divulgação e compartilhamento de fake news no país, a empresa decidiu suspender as publicações feitas a partir de contas russas. Contudo, o país tomou uma atitude drástica que consiste no bloqueio dos usuários do TikTok na Rússia.
O bloqueio teve o intuito de impedir que os usuários russos pudessem ver todo e qualquer conteúdo publicado por contas de outros países. Um levantamento feito pelo coletivo de mídia social Tracking Exposed sugere que o TikTok tenha envolvido os usuários russos em uma ampla gama de eco direcionado a favor do governo.
Dentro deste cenário digital, uma vasta rede de contas russas aderiram à prática de postagens de conteúdo pró-invasão de maneira contínua. Na oportunidade, o chefe da pesquisa da Tracking Exposed, Salvatores Romano, explicou sobre a existência de “uma manipulação clara do ecossistema de informações no TikTok”.
TikTok evita se posicionar sobre suspeitas
Enquanto isso, o porta-voz do TikTok, Jamie Favazza, decidiu não se posicionar sobre as descobertas feitas pela Tracking Exposed, tendo reforçado a declaração inicial de que a empresa bloqueou todos os uploads feitos na Rússia. Em contrapartida, a plataforma de propriedade da startup chinesa, ByteDance, não tem proferido tantas críticas à Rússia em comparação aos rivais dos Estados Unidos da América (EUA), além de não tratar o governo russo com tanta dureza.
Apesar do bloqueio das contas, a rede social decidiu respeitar as sanções impostas pela União Europeia (UE), impondo a mesma atitude às demais plataformas de mídia social que recebam o apoio do Estado russo da Europa. Em uma tentativa de retaliação, o Facebook e o Twitter também foram bloqueados pelos censores russos da internet.
Destacando que, no final do mês passado, um tribunal de Moscou baniu o Facebook e o Instagram da Rússia, acusando a provedora de ambos, a Meta, de “atividades extremistas”. Agora, as ações do TikTok na Rússia trouxeram à tona o papel central na divulgação de vídeos e rumores da guerra na Ucrânia, fazendo crescer a urgência em debater questões sobre a veracidade dos conteúdos publicados na plataforma.
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