Pela primeira vez, a CNBC divulgou um comunicado dirigido à equipe do Uber, empresa de carona, pelo CEO da empresa, Dara Khosrowshahi. Na carta o CEO promete, além de outras coisas, ser “hardcore em relação aos custos” nesse momento em que a Uber está em crise.
O CEO promete conter os custos da empresa em um esforço para tentar reduzir os gastos. Atualmente a empresa está sofrendo no que só pode ser chamado de “revolução do mercado de trabalho”, onde a empresa está enfrentando dificuldades para conseguir motoristas o suficiente para atender a demanda.
A crise do Uber
Khosrowshahi afirmou que a partir de agora o recrutamento corporativo será tratado como um “luxo”, o que pode significar que a empresa está procurando qualidade ao invés de números, tornando sua força de trabalho uma espécie de “elite”.
“Os gastos menos eficientes com marketing e incentivo serão retirados. Trataremos a contratação como um privilégio e seremos deliberados sobre quando e onde adicionamos o número de funcionários. Seremos ainda mais rígidos em relação aos custos em geral”, disse o CEO.
A Uber entra na lista das empresas que fazem um desaceleramento das contratações em frente a um mercado de trabalho apertado e de ações de tecnologia despencando, ações que estavam em pico no início da pandemia. Nessa lista também está a empresa dona do WhatsApp, a Meta, que já congelou suas contratações envolvendo cargos de nível médio.
A empresa toma um rumo mais corporativista, seguindo as exigências de investidores que preferem um modelo de negócio que se concentre em garantir lucros baseados no fluxo de caixa livre, ao contrário dos lucros ajustados antes de redutores como juros e impostos.
Uma tentativa de reajuste
A Uber já vem sendo criticada a bastante tempo pela sua maneira de calcular seus lucros ajustados. Vários especialistas já confirmaram que seus métodos de cálculos são imprecisos e agora a empresa vê o valor de suas ações em queda constante. Mas ao que parece o CEO fará de tudo para reverter esse quadro.
“Encontrar o momento significa fazer trocas”, escreveu Khosrowshahi. “A taxa de retorno para nossos investimentos ficou mais alta. E isso significa que algumas iniciativas que exigem capital substancial serão retardadas. Temos que garantir que nossa economia de unidade funcione antes de nos tornarmos grandes.”
A Uber já perdeu quase US$ 6 bilhões em resultados no primeiro trimestre deste ano, na maior parte, devido a investimentos em ações de outras empresas de mobilidade, como Grab, Aurora e Didi.
A autenticidade do memorando já foi confirmada por uma porta-voz da empresa, que se recusou a comentar o conteúdo. A empresa diz estar confiante de ter “fluxos de caixa positivos significativos” para todo o ano de 2022.
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