A China está cada vez mais agressiva em seu plano de exploração espacial, pelo menos nas suas promessas. As novas notícias do país indicam que sua missão de coleta de material espacial tem como objetivo trazer amostras de Marte para a Terra 2 anos antes da missão em conjunto da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) e da ESA (Agência Espacial Europeia).
Planos da China vs NASA
A informação foi dada pelo designer-chefe da missão orbital Tianwen-1, Sun Zezhou, que apresentou o plano de trazer as amostras do planeta vermelho para cá em julho de 2031. O plano inclui um lançamento de dois estágios que deve sair de Marte em 2028.
A operação (lançamento de Marte) é extremamente complicada e apresenta vários perigos, que podem fazer com que o país perca seu equipamento, com as amostras. Mesmo assim, o lançamento em múltiplas etapas que a China está adotando é mais simples do que o método adotado pela NASA em sua parceria com a ESA.
Os planos do lado da NASA, incluem uma única aterrissagem em Marte e amostras tiradas com apenas um rover, no mesmo lugar. Apesar disso, um dos maiores objetivos na exploração espacial seria alcançado: a primeira amostra retirada do gigante vermelho. Tudo teria início em 2027 com o lançamento da missão, já as amostras só chegariam à Terra em 2033.
Entretanto, a NASA já mostrou interesse em mudar essa abordagem e dividir sua missão em duas aterrissagens em Marte. Isso significa um atraso nos planos, mas as chances de sucesso da missão aumentariam drasticamente.
Missão chinesa para trazer amostras de Marte à Terra
Imagens contendo planos relacionados à missão, embora não confirmados, foram expostas pelo doutorando Instituto de Ciências Planetárias, Escola de Ciências da Terra, Yuqi Qian, em seu Twitter.
“Amostra da missão de retorno a Marte da China, apresentada por Sun Zezhou, o designer-chefe da missão Tianwen-1. Dois lançamentos e retorno em julho de 2031. #CNSA
https://koushare.com/lives/room/812404”
A missão foi nomeada de Tianwen-3 e possui um sistema bem simples, mas compartimentado, de veículos em sua composição: um veículo com capacidade de pouso e ascensão que será lançado no foguete Long March 5 e um módulo orbital responsável pelo retorno que vai ao espaço a bordo do Long March 3B.
A missão se baseia em tecnologias chinesas já demonstradas, como o sucesso da missão de retorno de amostras lunares de 2020 com o Chang’ e-5.
Já a descida a Marte aconteceria de fato em setembro de 2029, uma vez no solo a missão consistirá na retirada de diversas amostras do planeta, incluindo amostragem de superfície, e perfuração feita por um robô quadrúpede.
Após a ascensão do veículo e acoplagem com a nave em órbita, a missão deve prosseguir em outubro de 2030, no retorno à Terra.
O que você achou? Siga @bitmagazineoficial no Instagram para ver mais e deixar seu comentário clicando aqui