A Starlink, divisão de internet da empresa de serviços aeroespaciais SpaceX – do bilionário sul-africano, naturalizado americano, Elon Musk teve um protesto formalizado no escritório das Nações Unidas feita por governo chinês depois que a estação espacial Tiangong precisou fazer “controles preventivos para evitar colisões contra dois satélites da empresa”.
Os episódios aconteceram em julho e em outubro e Tiagong precisou entrar no modo de “controle de colisão preventiva” pois os satélites Starlink colocou a estação em sério risco de acintes se a estação espacial não mudasse o curso.
O relatório afirma que esses incidentes “constituem perigos para os astronautas a bordo da estação chinesa” solicitando à ONU “que distribua as informações mencionadas a todos os estados signatários do tratado espacial”.
Tratado do Espaço Exterior
A SpaceX é uma empresa privada independente da agência espacial civil e militar, a NASA, mas o governo chinês alega em sua nota que os membros do Tratado Exterior, assinado em 1967 e que é a base da lei espacial internacional, também são responsáveis pelas ações de suas entidades não governamentais.
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“Nós encorajamos todos os países com programas espaciais a serem atores responsáveis, para evitar atos que possam colocar em perigo astronautas, cosmonautas e outras pessoas que estão orbitando a Terra ou que têm potencial para isso”, disse Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA a repórteres, recusando a responder especificamente às acusações chinesas.
Por que os satélites podem colidir?
Devido às interações entre o satélite e a atmosfera da Terra, e com pelo menos 500 mil objetos na órbita terrestre, mesmo que seja minimamente calculada sua rota quando o mesmo é lançado por instituições ou agências espaciais não é possível eliminar totalmente os riscos de uma colisão.
Os objetos possuem tamanhos que vão desde pequenos fragmentos de foguetes e naves até mesmo satélites desativados e operantes que operam sozinhos ou em constelações.
Com a órbita da Terra cada vez mais “congestionada” as chances de colisões vêm aumentando gradualmente. Agências como a americana Space Surveillance Network vem monitorando os detritos e, caso identifiquem algum deles a caminho de um satélite importante a NASA e demais entidades envolvidas são avisadas.
A possibilidade de algum dispositivo “derrubar” os satélites desativados vem sendo considerada pela NASA e a ESA (Agência Espacial Europeia) enquanto outros sugerem reabastecê-los para serem usados novamente.
Elon Musk, a SpaceX e Starlink não se pronunciaram a respeito do comunicado chinês.
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