Cibersegurança: segundo especialistas, criptografia é o futuro para combater o crime digital

A criptografia pode ser a solução para a segurança digital? A Europol está otimista de que sim e revelou isso em um comunicado recente

É comum associarmos a criptografia a casos de crimes, extorsões ou pirâmides financeiras. Contudo, a Europol acredita que esta tecnologia pode ajudar na maneira de combater o crime cibernético. Segundo especialistas, a blockchain pode ajudar a seguir rastros de contas que têm comportamentos ilícitos.

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Criptografia na segurança digital

Criptografia na segurança digital – Imagem: Reprodução/Freepik

Como a criptografia vai beneficiar a justiça?

Um ponto interessante, é que as criptomoedas ganharam muito da sua popularidade justamente alegando a dificuldade de rastreio.

Hoje, projetos como o Monero, são desenvolvidos para serem mais privados. Desse modo, esta moeda, por exemplo, oculta os dados do remetente, a quantia da transação e até o destino.

Mas em um cenário onde nem todos os criminosos utilizam Monero ou outra moeda focada em privacidade e descentralização, o que a Europol pretende fazer? A verdade é que nem no comunicado da organização ficou tão claro.

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Contudo, especialistas e profissionais de inúmeros setores, se reuniram no dia 1 e 2 de setembro na 6ª Conferência Global sobre Finanças Criminais e Criptomoedas.

Além da Europol, empresas como a Binance (corretora), Chainalysis (segurança digital), entre outras, marcaram presença através de representantes. 

Dessa conferência, levantou-se a questão de como o uso de criptomoedas tem aumentado. Com este uso, a quantidade de crimes também cresceu. Entre as modalidades estão principalmente a lavagem de dinheiro, com relação ao tráfico de drogas, sites de apostas (que ultimamente estão em alta), entre outras origens.

O endereço da carteira pode levar a algum lugar

É certo que a blockchain pode tornar transações extremamente seguras e irreversíveis, mas o Bitcoin, por exemplo, é um programa de código aberto, e permite que todas as pessoas vejam o histórico de transações.  Normalmente, há o endereço da carteira do remetente, data e hora, destinatário, e até mesmo o valor

Com isso, a Europol acredita que a criptografia dessas moedas pode ajudar a “seguir o dinheiro”. A Chainalysis, como destacou o Bitcoinist, tem uma lista de carteiras com histórico de atividades ilícitas que ficam sob total vigilância.

Assim, qualquer movimentação com este endereço pode ser rastreada e, quem sabe, o dinheiro ou os bens digitais podem até mesmo ser localizados.

A UE recentemente mudou como os ativos criptográficos são reconhecidos pela lei local, de modo que serão tratados tais quais bens materiais físicos.

Desse modo, a justiça pode ter mais aparatos para acusações e resoluções envolvendo artigos digitais, como furto de NFT, por exemplo.

Fonte: Decrypt, Interpol, Bitcoinist

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Moyses Batista
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Moyses Batista