Cientistas descobriram um ruído que indica abalo sísmico em Marte e podem ligá-lo a antigas teorias sobre a viabilidade de vida no planeta vermelho.
Ao que tudo indica, novas informações revelam possível atividade vulcânica no planeta.
Algo jamais captado antes pode trazer respostas aos cientistas investigadores de Marte
Digno do planeta que regia os soldados e era conhecido como Deus da guerra na Roma antiga, Marte emite ruídos nunca capturados — ou percebidos — e traz novas informações para os cientistas espaciais.
Em recente pesquisa publicada, alguns pesquisadores informaram terem capturado fortes sons provenientes de abalos sísmicos na crosta marciana, não identificados pelos primeiros analistas.
Os chamados “Marsquake” ou tremores de Marte, apresentam características únicas sobre as movimentações internas do planeta.
O relatório foi publicado pela Nature Communications como um estudo sobre abalos sistemáticos e recorrentes no solo do planeta vermelho. Segundo os pesquisadores, isso indica a movimentação do magma nuclear de Marte, ocasionando os abalos em regiões específicas do planeta.
O mais interessante sobre o fato, é: caso comprovados, os dados fornecidos trariam nova luz sobre uma antiga teoria marciana de vida no planeta. Calma! Não são os homens verdes dos filmes, mas sim vida bacteriológica nas cavernas subterrâneas de Marte.
Responsáveis por pesquisa reanalisaram dados da NASA
Os responsáveis pela nova pesquisa são membros da Universidade Nacional Australiana e fizeram a descoberta após nova análise de dados do módulo de pouso InSight Mars, de propriedade da NASA.
O veículo já está a alguns anos na superfície do planeta, mas tremores passaram despercebidos pelos analistas da agência americana.
A recente identificação aconteceu em região específica, conhecida já por sua atividade sísmica, chamada Cerberus Fossae, jovem, com seus menos de 20 milhões de anos.
Usado como parâmetro indicativo, esses abalos poderiam ser um forte indício de atividade sísmica nas camadas planetárias profundas e que o núcleo de Marte (fonte do magma) ainda estaria ativo.
O cenário criaria a condição básica para a vida como conhecemos, pois micróbios precisam de calor, água e nutrientes para sobreviver. Esses ingredientes fundamentais seriam ofertados pelo magma aquecido e em movimento.
Na primeira análise dos dados, a NASA identificara alguns tremores, mas como se ocorressem apenas na “calada da noite” marciana, momento de maior silêncio na crosta do planeta desértico.
Os pesquisadores australianos fizeram a releitura dos dados e encontraram registros não somente no período descrito pela agência espacial americana, mas todo um sistema de abalos repetitivos espalhados ao longo do dia, o que definiria a atividade como sendo interna.
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