Cientistas investigam “assinaturas tecnológicas” para encontrar vida fora da Terra; não estamos sós?
Cientistas apontam que 'assinaturas tecnológicas' seriam uma forma de detectar a presença de vida fora da Terra.
Já pensou que, caso exista vida fora da Terra, ela pode ser extremamente diferente do que projetamos e imaginamos? Extraterrestres podem ter “assinaturas tecnológicas” e é isso o que estudiosos estão pesquisando agora.
Vida fora da Terra: cientistas apontam “assinaturas tecnológicas”
Desde a década de 50, precisamente em 1959, a busca científica moderna por inteligência fora do planeta começou com os estudiosos Giuseppe Cocconi e Philip Morrison.
Ambos demonstraram que transmissões de rádio podiam ser detectadas por radiotelescópios a distâncias astronômicas – literalmente.
Logo depois, em 1960, o laser foi inventado e novas pesquisas provaram que a luz visível também pode ser detectada em planetas bem distantes daqui.
Os estudos começaram a focar na descoberta de sinais de rádio e laser que poderiam estar ativos propositalmente em nosso Sistema Solar. Sabemos que, fora da Terra, isso ainda não ocorreu.
Atualmente, a busca por estes sinais ainda é uma das estratégias mais populares para os cientistas que procuram vida fora da Terra.
Entretanto, há um ponto paradoxal nas pesquisas. Os especialistas afirmam que raramente os seres humanos enviam sinais como esses de forma proposital para o espaço e que outras possíveis espécies inteligentes podem se interessar em ocultar a sua localização também. Mesmo não querendo, ocasionalmente, sinais da Terra são enviados “sem querer”. Podemos não ter certeza da existência deles, mas não conseguimos garantir nosso anonimato também.
Sinais detectáveis no espaço
Nós podemos transmitir alguns sinais de rádio e TV sem intenção e isso pode ser “vazado” para o espaço e detectado por lá.
Com a constante emissão de sinais em todo o mundo e em várias direções, os sinais podem acumular e se tornar apenas um sinal de rádio detectável, embora fraco.
A pesquisa que está em andamento quer saber se as emissões de torres de celulares seriam detectáveis usando telescópios. Mesmo sendo fracos, qualquer sinal de laser apontado para o espaço poderia ser visto por algum equipamento de civilização extraterrestre.
A origem teórica
O astrônomo Freeman Dyson (citado por Carl Sagan no seu livro Cosmos) teorizou na década de 60 que as estrelas seriam a fonte de energia mais poderosa de qualquer sistema planetário.
Uma civilização tecnologicamente avançada poderia captar energia dessas estrelas circundando-as com placas de fotovoltaicas absurdamente poderosas (se alimentar energeticamente de diversas estrelas em sistemas distintos é o último passo da evolução).
Para o teórico, essa seria uma das formas viáveis de nossa espécie se tornar intergaláctica e procurar por outras formas de vida semelhantes à nossa.
Assinaturas sobre calor e poluição na vida fora da Terra
Parte desta energia capturada da estrela seria reemitida em forma de calor e é esse calor que pode ser detectado, a exemplo de radiação infravermelha.
Outro tipo de assinatura extraterrestre é a poluição. Poluentes químicos como o dióxido de nitrogênio e clorofluorcarbonetos são quase que exclusivamente produzidos por agentes humanos (ou mais próximos de nós). Nossa marca no cosmos
É possível detectar estes elementos em atmosferas de exoplanetas e telescópios como o James Webb fazem este trabalho. Sempre fica aquela pulga atrás da orelha para encontrar um pequeno sinal que seja de vida alienígena.
Porém, nenhum astrônomo encontrou, ainda, qual seria o primeiro sinal de civilização extraterrestre por meio dessas assinaturas tecnológicas. Então, tudo ainda não passa de pesquisa e especulação, mas nós nunca desistimos.
Com informações: Inverse.
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