Como era a Terra em seu início? Novos Mapas podem ter essa e muitas outras respostas
Estudos recentes resultaram na criação da novos mapas que podem até explicar o acontecimento de desastres naturais. Confira!
Nosso planeta é imenso e misterioso, mas estudar a sua história pode nos levar a descobertas incríveis. Um estudo recente, sobre as formações geológicas de nosso planeta podem mudar completamente o nosso entendimento.
Novos mapas? Tudo que eu aprendi estava errado?
Na verdade, não é esse o caso. Os recentes estudos liderados pelo professor do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Adelaide, Dr. Derrick Hasterok, resultaram na criação de 3 novos modelos de mapas que representam a formação dos continentes. A chave está em um maior detalhamento e precisão.
Os novos mapas foram feitos tendo como base o que já se sabe sobre como a crosta continental foi construída e a disposição das zonas de limite das placas atuais.
O resultado de tudo isto foi que temos agora uma ideia mais precisa sobre como os continentes se formaram. A esperança dos cientistas é de que toda essa nova informação nos ajude a entender perigos naturais como vulcões e terremotos.
Formação da crosta terrestre
A representação final do mapa montado pelos cientistas indica que os continentes, do jeito que os temos hoje, foram formados através de um longo processo de onde os pedaços foram se juntando gradualmente. Quando uma parte era concluída, ela ia sendo cortada novamente e reorganizada para produzir uma nova imagem.
Um dos objetivos finais deste estudo é ajudar os geólogos a identificar os vários componentes deste quebra-cabeça até formar as versões antigas do nosso planeta.
“Descobrimos que as zonas de fronteira das placas representam quase 16% da crosta terrestre e uma proporção ainda maior, 27%, dos continentes”, comentou Derrick.
Estudo resultou na criação de três novos mapas
Ao fim dos estudos, a equipe que participou do projeto confeccionou três novos modelos de mapas geológicos — um modelo de placas, um de províncias e um de orogenia —, cada um trazendo algumas novidades significativas para o campo. Mas o foco principal da equipe, pelo menos conforme o que é possível constatar no artigo, ficou no modelo de placas.
O modelo trouxe consigo um número de novas microplacas, incluindo a microplaca Capricorn, que separa as placas da Índia e Austrália. Segundo eles, estas descobertas vão diretamente para o conhecimento geral, passando para os livros didáticos e substituindo modelos mais antigos que ainda estão sendo utilizados.
Aplicações dos resultados
A representação mais precisa de como à Terra é formada ainda pode ser aplicada no entendimento da maioria dos terremotos e vulcões que já aconteceram, ou acontecem em nosso planeta.
“Nosso novo modelo para placas tectônicas explica melhor a distribuição espacial de 90% dos terremotos e 80% dos vulcões dos últimos dois milhões de anos, enquanto os modelos existentes capturam apenas 65% dos terremotos“, disse o doutor.
O arquivo completo do mapa global de placas tectônicas pode ser encontrado aqui e tem mais de 1 GB. Um compilado de imagens em vetor e raster que podem ser utilizadas em programas GIS (Sistema de Informação Geográfica) para investigar as placas tectônicas de hoje e do passado.
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Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.