Um astronauta presente na estação espacial internacional (ISS) acompanha a olho nu e por imagens exclusivas o desenrolar dos conflitos que assolam a Europa. Através de aproximações dos satélites é possível ver, inclusive, a movimentação de tropas.
Astronauta tem vista “privilegiada” de conflitos na Europa
Os relatos foram feitos principalmente pelo astronauta alemão, Matthias Maurer, que retornou recentemente à Terra vindo da estação espacial internacional. Segundo ele, é possível ver todo o “desenrolar” do conflito, mesmo estando em órbita, a 400 km acima do solo terrestre.
Segundo o astronauta, que deu entrevistas a um programa da emissora alemã ARD, normalmente, é possível ver toda à Terra iluminada durante a ausência do Sol, mas no início do conflito “o país inteiro escureceu à noite.”
A experiência do alemão, a princípio, é bem esperada devido ao distanciamento físico da situação: “Quando você está no espaço, você se sente tão longe no início.”
Os reflexos seguiram, tudo podia ser observado a olho nu, segundo o astronauta. As movimentações, fumaças após noites de intensos bombardeios e todo o conhecido rastro de destruição que conflitos entre países deixam para trás.
O foco científico se manteve na estação espacial internacional
Os programas e iniciativas na estação espacial internacional são de cooperação entre diversos países, liderados pelos Estados Unidos e pela Rússia. Segundo o astronauta europeu, ele não foi claro se o clima se manteve ou existiram maiores discussões sobre o que estava acontecendo na Europa naquele momento.
Outro astronauta, agora da NASA, Mark Vande Hei, pousou recentemente no Cazaquistão e não sentiu nenhuma espécie de “medo”, sobre a forma de tratamento que receberia do programa espacial russo, após chegar ao solo.
Em entrevista ao Washington Post declarou: “Eu certamente nunca tive nenhuma preocupação sobre como eu ia ser tratado pelo programa espacial russo. Honestamente, nossas interações, nossa parceria com os russos, são uma das razões pelas quais conseguimos financiar o programa espacial.”
Segundo ele, as pessoas que não se preocupam com a evolução da exploração espacial, normalmente, são as que mais se atentam as relações internacionais entre países. Sem a parceria entre às duas grandes nações, pouco teríamos alcançado após o período da guerra fria, complementou.
Apesar de ter conversado bastante com seus colegas cosmonautas russos, sobre o conflito enquanto estavam no espaço, o astronauta americano não revelou quais seriam os conteúdos das respostas e opiniões dos colegas.
Como ex-militar norte-americano durante o fim da guerra fria, Mark sabe que a fonte e a origem das informações que utilizamos para definir nossos pensamentos e formas de agir são cruciais, seja para incitar ou apaziguar alguma situação.
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