A Coreia do Norte é um país experiente em tecnologia, embora este conhecimento possa estar sendo usado de maneira errônea. Supostamente, existem norte-coreanos fazendo alterações ilegais em smartphones controlados pelo governo.
A prática consiste na tentativa de acesso à mídia de outros países. Para quem não está familiarizado com o processo, o “jailbreak” consiste na exploração de falhas de um dispositivo eletrônico bloqueado visando a instalação de um software diferente daquele viabilizado pelo fabricante.
No entendimento geral, isso significa a instalação de aplicativos e softwares que rompem as restrições de sistemas operacionais impostos por empresas como a Apple ou o Google.
Controle de smartphones na Coreia do Norte
Na Coreia do Norte, é imposto aos cidadãos locais o uso de smartphones domésticos. Na prática, o sistema dos aparelhos é reestruturado de modo a restringir os usuários a aplicativos e propagandas não aprovadas pelo regime do país.
Por isso, cada smartphone comercializado na Coreia do Norte já vem com um aplicativo de monitoramento instalado. A plataforma vigia a maneira como o aparelho tem sido usado, fazendo capturas de tela aleatórias e as armazenando em um diretório onde são armazenadas permanentemente, não podendo ser excluídas.
A falta de informação sobre o mundo exterior é um dos principais trunfos do regime ditatorial de Kim Jong-Un, que conta com a ignorância a população para perpetuar o projeto de poder.
Norte-coreanos descobriram como desbloquear smartphones
Apesar de todo o esforço do governo norte-coreano no controle da população local, alguns cidadãos descobriram como burlar este sistema e desbloquear os dispositivos. Assim, podem escapar da espionagem do governo e acessar conteúdos de todo o mundo.
Foram descobertos dois desertores que conseguiram escapar do país e descreveram um método semelhante de invasão dos telefones. O procedimento envolvia um aplicativo contrabandeado da China, que seria transferido para o telefone após uma conexão via USB em um computador.
“Se o telefone foi enganado da maneira correta, o aplicativo pode ser transferido e iniciado sem ser detectado e excluído pelo software de segurança do telefone”, afirma o relatório.
A partir do momento em que o aplicativo é iniciado ele fornece ao usuário o acesso root, que dá controle integral aos smartphones, possibilitando a adição, alteração ou exclusão de todo e qualquer arquivo.
O relatório mencionado foi elaborado pela Lumen, uma organização sem fins lucrativos que trabalha no fornecimento de informações não censuradas aos norte-coreanos, e pela ERNW, uma empresa de segurança de TI.
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