Nos últimos dias, o Irã teve dias muito agitados, tendo que lidar com um ataque de hackers do grupo Black Reward. Como resultado, os cibercriminosos conseguiram levar inúmeros e-mails, totalizando cerca de 50 GB de arquivo. O governo iraniano relacionou a atividade ao hacktivismo.
O grupo de hackers já se denomina anti-iraniano, desse modo, a relação com o hacktivismo se dá por conta de alguns episódios no país. Até o momento, tudo o que os atacantes queriam, era acessar o servidor de e-mail da Organização de Energia Atômica do Irã.
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Além disso, antes que precisassem procurar os responsáveis, o grupo de hackers Black Reward, assumiu a responsabilidade. Embora a verdadeira afetada tenha sido a Organização de Energia Atômica do Irã, o ataque foi a uma subsidiária. A Atomic Energy Production and Development Company (alvo dos hackers), fica em Bushehr.
O grupo, afirma que lançou este ataque exigindo que presos políticos, apreendidos em protestos pelo país, fossem soltos. A agência reconheceu que seu servidor de e-mail foi hackeado, contudo, culpou um país estrangeiro pelo ataque, mas não deu nomes.
A tensão por conta do ataque dos hackers
Um ponto a se destacar é que a agência buscou minimizar os danos dos ataques. Ela disse que os e-mails roubados relatavam apenas conteúdo técnico e “trocas normais e diárias”. Além disso, também afirmou que:
“Esses esforços ilegais por desespero visam atrair a atenção do público”.
Por outro lado, os hackers afirmam ter obtido 50 GB de e-mails. Entre eles teriam detalhes de contato da usina nuclear apoiada pela Rússia e planos de construção.
O grupo também vazou alguns dos dados em seu canal do Telegram. Mas não está claro se os dados roubados de fato eram confidenciais ou se é apenas um blefe.
A Black Reward, no entanto, já se pronunciou e deu um prazo de 24 horas ao governo nesta sexta-feira (21), através de seu Twitter. No caso, eles ameaçaram expor documentos sobre o programa nuclear do país caso todos os “prisioneiros políticos, prisioneiros de consciência e pessoas presas nos recentes protestos” não sejam liberados.
No último sábado (22), o grupo realmente expôs alguns dados nas redes sociais. Entre os arquivos haviam documentos com acordos, mapas e recibos, além de um pequeno vídeo que mostrava uma instalação nuclear no Irã.
Com informações: Hackerhead