A missão DART da NASA foi um sucesso e surtiu efeitos positivos para a pesquisa no assunto. Desde setembro, quando a missão ocorreu e deu certo, os cientistas estão focados em obter mais detalhes.
DART foi um sucesso, e agora?
O Teste de Redirecionamento de Asteroides Duplos, conhecido como DART (sigla em inglês), foi considerada uma missão muito bem feita pela NASA e agora os especialistas estão debruçados nos próximos resultados.
O objetivo era testar o método “Kinetic Impact” (impacto cinético) de defesa contra possíveis asteroides que estejam em rota de colisão com o nosso planeta. Com base nas observações, o DART conseguiu encurtar a órbita de Dimorphus (lua) em 22 minutos e o impacto também fez com que a lua “criasse” uma cauda visível.
Entretanto, mesmo com essa preparação toda e movimentos calculados antes de um possível impacto com um meteoro ou meteorito – para valer -, existem possibilidades imprevisíveis.
Há sim muitos asteroides próximos à Terra espalhados no espaço, são chamados de NEAs e monitorados 24 horas nos sete dias da semana por várias agências do mundo para que o perigo não chegue perto.
De acordo com um novo estudo feito por especialistas em satélites, ainda é possível criar uma missão de resposta rápida. Talvez, o uso de tecnologias nucleares seja uma saída.
Usar a tecnologia nuclear para a proteção planetária
Adalberto Dominguez, Víctor M. Moreno e Francisco Cabral, autores do novo artigo, indicam uma possibilidade. Dominguez coloca:
“A aplicabilidade do impasse nuclear ainda está para ser demonstrada, e seu alvo seriam asteroides com diâmetro da ordem de vários quilômetros. Esses asteroides não são uma ameaça hoje em dia, pois a grande maioria é monitorada.”
Entretanto, há o Tratado do Espaço Sideral de 1967 que proíbe a explosão de tecnologia nuclear no espaço. Embora os cientistas tenham desenvolvido um projeto de detonação de asteroides que usa a força cinética.
Isso pode ser resolvido com um sistema autônomo conhecido como Navegação Autônoma em Tempo Real de Manobra de Corpo Pequeno (SMART Nav) – também usado no DART.
Chamaram o sistema de GNC.
“Outra dificuldade adicional é que quase não sabemos nada sobre o asteroide que visamos. Isso exige que o GNC seja adaptado a qualquer possibilidade. Além disso, o tamanho dos asteroides implícitos introduz dificuldades na navegação, pois estamos falando de objetos com um tamanho de cerca de cem metros.”
O GNC se torna um elemento importante e crítico do sistema, pois é o responsável por apontar mira para o asteroide.
O ponto é: finalmente temos um plano de sucesso e outros planos de contingência para a nossa proteção, que podem ser recalculados em tempo real, praticamente uma “arma” apontada para o espaço.
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