São milhares e milhares de asteroides espalhados por toda a galáxia e incontáveis deles no universo. Como será que a NASA escolheu o Dydimos para realizar sua missão de colisão?
Dydimos será atingida na missão DART da NASA
A missão DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) será lançada no próximo dia 27, terça-feira, visando colidir uma espaçonave na lua Dimorphos.
O ponto principal é fazer com que a colisão desvie a órbita de Dimorphos que está perto do seu asteroide “pai”, chamado de Dydimos, esse será o primeiro teste de defesa planetária da história.
O fato é que os cientistas não encontraram nenhum asteroide que represente de fato um perigo para a humanidade, entretanto, para a NASA, é importante que testes sejam feitos para estarmos preparados para um cenário potencialmente apocalíptico.
Para fazer o teste corretamente, a NASA e o Laboratório de Pesquisa Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que estão trabalhando juntos na missão, afirmaram o que torna o sistema binário de asteroides apto para ser usado no teste.
Em uma ficha ténica do DART divulgado para estudiosos da John Hopkins, os pesquisadores afirmaram:
“O sistema Didymos é um binário eclipsante, o que significa que, de nossa posição na Terra, o Dimorphos passa regularmente na frente e atrás de Didymos enquanto orbita”.
Então, por Dydimos e Dimorphos serem fáceis de observar da Terra, os telescópios posicionados por aqui podem perceber mudanças no brilho que ocorrem enquanto a lua orbita o asteroide pai.
Características e local ideais
As variações registradas irão mostrar o tempo que leva para Dimorphos orbitar Dydimos. Após a colisão, isso irá mostrar quais novas alterações foram feitas após DART “atacar”.
Outro ponto importante é o local em que estes asteroides estão, pois eles não representam ameaça alguma ao nosso planeta. Além disso, eles estão relativamente perto (11 milhões de quilômetros da Terra) e a NASA enviou a espaçonave em dezembro de 2021.
10 meses é um tempo rápido para uma missão espacial. Ademais, ter essa proximidade com o planeta faz com que outros telescópios profissionais possam acompanhar os testes, já que o alvo será relativamente brilhante mesmo em observatórios pequenos.
Mesmo que a missão DART dê certo, os dados completos serão obtidos após semanas da colisão. No final desta década, outra missão chamada Hera, da Agência Espacial Europeia, fará uma medição de perto para ver se houve alguma cratera.
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