DART: surgem novas pistas para a ciência após o impacto com asteroide de ontem
Missão DART é um sucesso, mas é só o primeiro passo para outras respostas (e perguntas) que os estudiosos terão que desvendar.
A missão DART da NASA foi concluída com sucesso ontem. Agora, a agência espacial tem muitos outros estudos à frente dos resultados da colisão. Cientistas preparam a organização de dados para projeções e cálculos a partir da coleta de informações, podemos avançar e muito com os resultados.
DART foi apenas o primeiro passo para novas descobertas
Após a colisão feita contra o asteroide Dimorphos – com uma pancada estrondosa – os cientistas esperam que a ação tenha alterado a órbita dele ao redor de Dydimos, asteroide “pai”, bem maior que o primeiro já citado.
A conclusão da missão ainda não foi dada de fato, já que a colisão é apenas o primeiro passo para tentar comprovar que a Terra consegue promover uma proteção planetária contra possíveis perigos que estão vagando pelo espaço.
Com as novas movimentações os cientistas esperam conseguir ver se houve sim algum desvio da órbita do Dimorphos, além de que os estudiosos pretendem pesquisar mais sobre a estrutura rochosa do objeto e assim dar um parecer melhor sobre o que é necessário para mover um asteroide.
Patrick Michel, cientista planetário do CNRS, o Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, disse para entrevista ao site Space.com que os estudos estão “apenas no começo”.
A Agência Espacial Europeia lançará a missão Hera em 2024, com previsão de chegada em Dimorphos em 2026. Somente com esta missão será possível verificar os impactos finais da missão DART.
O trabalho apenas começou
Duas semanas antes da colisão, foi implantado um cubesat liderado por italianos chamado Light Italian Cubesat for Imaging of Asteroids (LICIACube) que assistiu às consequências imediatas da colisão da missão DART.
Por conta do atrito, levará dias ou até mesmo semanas para a poeira assentar e o LICIACube conseguir ter alguma visualização mais “limpa”.
Nisso entra a importância dos telescópios terrestres e até mesmo os espaciais como o James Webb para conseguirem registrar algo.
Michel ainda afirma:
“Reconhecemos no início de nossa discussão sobre a missão que precisávamos da capacidade de medir rapidamente a deflexão do solo. Dimorphos orbitava Didymos a apenas 19 centímetros por segundo. Então, quando filmamos Dimorphos com a espaçonave DART movendo-se a 6 quilômetros por segundo [3,7 milhas por segundo], a deflexão foi instantânea.”
O grande objetivo da missão DART é ter afastado Dimorphos o suficiente para que sua órbita tenha “diminuído” pelo menos 73 segundos, pode parecer pouco, mas esse desvio se acumula a cada órbita completa.
Espera-se que o LICIACube dê respostas mais certeiras, pois mesmo os telescópios potentes ainda estão muito longe de onde ocorreu a colisão.
Lindley Johnson, diretor do Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA, ao Space.com
“Hera (a missão) fornecerá uma medição muito mais completa e precisa do que ocorreu, particularmente a composição exata, massa e força desses dois objetos”.
O que está confirmado até o momento é que a missão foi um sucesso e o primeiro passo foi dado – e com o pé direito!
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