Decepcionando especialistas! O reconhecimento facial para identificar emoções é falho
Inteligência artificial por trás do reconhecimento facial de emoções está cada vez mais aprimorada. Ainda assim tecnologia pode ter erros.
Às vezes a tecnologia pode ser assustadora e muitas pessoas ainda não se habituaram a essa evolução. O desconforto surge, especialmente quando alguém é exposto à ferramenta de reconhecimento facial com capacidade de identificar emoções.
Resultados decepcionantes
A crença é de que a inteligência artificial do reconhecimento facial pode ser um tanto invasiva, sobretudo quando há algo que se deseja esconder. Essa tecnologia pode escanear o rosto de uma pessoa e identificar emoções como nervosismo, medo, insegurança, empatia, confiança e muito mais.
Parece a cena de filme futurístico, mas a verdade é que essa tecnologia já faz parte da realidade que conhecemos hoje, explorada constantemente, com ou sem o consentimento das pessoas.
O reconhecimento facial com suporte para identificar emoções compõem uma indústria multibilionária e com enorme potencial de expansão. Entretanto, a ciência por trás desses sistemas ainda está longe da precisão, evidenciando a controversa através de preconceitos embutidos na programação.
Neste sentido, o The Verge informou que a Microsoft já deu início à eliminação gradual do acesso público a uma variedade de ferramentas de análise facial com inteligência artificial, incluindo o reconhecimento facial de emoções a partir de fotos e vídeos.
Especialistas criticam essa ferramenta alegando que as expressões faciais possuem muitas distinções, portanto, não é cientificamente correto igualar demonstrações externas de emoções com suas versões internas.
Para a professora de psicologia da Northeastern University, Lisa Feldman Barrett, a revisão sobre o reconhecimento facial com emoções indica que as empresas têm autonomia para dizerem o que bem entenderem, tendo em vista que os dados são claros.
“Eles podem detectar uma carranca, mas isso não é a mesma coisa que detectar raiva”, explicou.
Instabilidade do reconhecimento facial
Um exemplo de uso da tecnologia de reconhecimento facial é quando empresas querem testar as reações dos clientes sobre os produtos, normalmente é uma prática comum no ramo de cereais e videogames.
Por outro lado, o sistema também pode ser submetido a riscos mais intensos, como na contratação, segurança de aeroportos, controle de fronteiras, policiamento, educação e muito mais.
Recentemente, o The Conversation, revelou informações a respeito do viés algorítmico e conjuntos de dados discriminatórios em torno dessa inteligência artificial.
Ela foi responsável por levar grandes empresas de tecnologia como a Microsoft, Amazon e IBM a suspenderem as vendas de produtos com tal composição, enquanto enfrentam desafios legais em decorrência do policiamento sobre o uso no Reino Unido, por exemplo.
Foram identificados dois meios prejudiciais de uso dessa tecnologia. Para a pesquisadora de inteligência artificial Deboroah Raji em entrevista ao MIT Technology Review:
“Uma maneira é não funcionar em virtude de ter taxas de erro mais altas para pessoas de cor, isso as coloca em maior risco. A segunda situação é quando funciona, onde você tem o sistema de reconhecimento facial perfeito, mas é facilmente armado contra as comunidades para assediá-las”, ponderou.
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Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.