O hacker envolvido e um dos supostos líderes da invasão de procuradores da Lava Jato teve pedido de acesso à internet negado. O “agente” de invasão revelou comunicações sigilosas sobre conduta dos envolvidos em guiar a operação com métodos “pouco” ortodoxos, completando o desgaste da operação. Caso foi arquivado por falta de provas.
Desde setembro de 2020, o hacker Thiago Eliezer não consegue acesso à internet, suspenso pela Justiça.
O argumento da defesa traz que não faz sentido manter a medida contra Eliezer, já que o caso foi arquivado por falta de provas que comprovem que havia um mandante do caso e também sobre tentativas de fraudes bancárias feitas por Thiago Eliezer.
Segundo a Veja, após a decisão de Rosa Weber, a defesa de Thiago Eliezer afirma que os documentos foram apresentados ao STF e são suficientes.
É esperado pela defesa que a ministra reveja sua posição e determine pelo fim da proibição, alegando que a decisão prejudica pessoal e profissionalmente Thiago Eliezer.
Segundo a defesa: “vivemos uma pandemia de nível global, onde a maioria dos serviços e atendimentos estão sendo feitos via internet. Desde um simples pedido de refeição até a emissão do cartão de vacina digital”.
Thiago Eliezer recebeu uma proposta de emprego como analista de sistemas.
Entenda o caso do hacker
A ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, negou na última quarta-feira (29), o pedido da defesa de Thiago Eliezer Martins Santos, hacker conhecido como ‘Chiclete’, para ele ter acesso à internet.
Thiago Eliezer é réu em uma ação na Justiça Federal do Distrito Federal do Distrito Federal sendo acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser responsável e liderar um grupo de hackers que rompeu a segurança e invadiu contas de procuradores da extinta Operação Lava Jato, via Telegram.
Não só ‘Chiclete’, mas também Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, foram os autores da ação, segundo os procuradores.
Por conta das ações hacker dos dados, a série de reportagens chamada “Vaza Jato” foi produzida. Gerando ainda mais questionamento e desgaste na operação por conta das revelações de condutas irregulares e antiéticas dos investigadores, em especial, do ex-juiz Sérgio Moro.
Mesmo com as investidas feitas pela defesa de Thiago Eliezer, a ministra Rosa Weber negou o pedido e afirmou que a defesa deixou de incluir documentos importantes para que a análise fosse feita e usou o exemplo da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que também negou o recurso.
Thiago Eliezer foi detido em 2019, na segunda fase da Operação Spoofing e logo depois foi denunciado pelo Ministério Público Federal em janeiro de 2020.
Após um ano, Thiago Eliezer foi solto e teve que usar tornozeleira eletrônica até setembro de 2021 e também ficou proibido de manter contato com os demais réus e testemunhas.
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