Dispositivos médicos de alta tecnologia escondem grande perigo

Seja para identificar, tratar ou reduzir problemas de saúde, os dispositivos médicos são altamente tecnológicos, mas precisam sem seguros

Apesar das ferramentas tecnológicas que a medicina dispõe para tratar os pacientes, uma grande preocupação vem à tona. O perigo da falta de segurança em dispositivos médicos de alta tecnologia pode colocar em risco a vida de inúmeros pacientes.

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(Imagem: Piron Guillaume/Unsplash)

A cibersegurança deve ser priorizada em dispositivos médicos mais tecnológicos

Sem dúvida nenhuma, com a ampliação da tecnologia nas atividades médicas e dispositivos implantados em pacientes, a cibersegurança se tornou assunto muito importante e delicado na preservação de vidas humanas. 

O alerta já vem sendo feito por agentes da FDA — a autoridade pública que controla o uso de medicamentos nos EUA —, que salientam a importância de uma rede de informações compartilhadas sobre as ciber ameaças a esse tipo de equipamento, é a hora de renunciar a parte do “sigilo” empresarial em prol da saúde dos pacientes que possuem essa “brecha” de atuação em seus corpos físicos.

Através de publicação do órgão, a indicação é uma preparação maior pelas empresas que criam esses dispositivos a aderirem a uma política forte de responsabilidade com o paciente, assim como por parte dos médicos ao indicarem tais aparelhos. 

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Eles visam identificar, tratar ou reduzir problemas ocasionados por doenças, mas por terem seus sistemas eletrônicos — todo o sistema pode ser invadido e adulterado — a preocupação deveria ser maior.

“Dispositivos médicos, como sistemas de computador, podem ser vulneráveis a falhas de segurança, potencialmente impactando a segurança e a eficácia do dispositivo. Ao considerar cuidadosamente possíveis riscos de cibersegurança ao projetar dispositivos médicos e ter um plano para gerenciar ameaças emergenciais de cibersegurança, os fabricantes podem reduzir os riscos de cibersegurança colocados para dispositivos e pacientes.”

Ameaças reais aos pacientes

Uma coisa fica bem clara no posicionamento da FDA: a exploração bem-sucedida das vulnerabilidades poderiam permitir um invasor a assumir o controle total do sistema operacional, dando acesso total ao sistema; execução remota de códigos; configuração de leitura e dados dos arquivos; acesso a informações de registro; e uma condição de negação de serviço (DDoS) que poderia paralisar suas funções.

Segundo o órgão, uma análise de informações e trabalhos em conjunto, entre os produtores dos dispositivos, pacientes e médicos, poderia se não solucionar, pelo menos, reduzir drasticamente os riscos envolvidos na utilização das ferramentas por parte do paciente.

Ainda conforme a opinião do FDA, os sistemas atuais não estão devidamente preparados para enfrentar esse nível de desafio, muito deve ser melhorado, mas o princípio deve ser a mudança de cultura comportamental entre as empresas de tecnologia voltadas para a saúde.

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Leandro Kovacs
Escrito por

Leandro Kovacs

Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.