O Instagram, rede social da Meta, foi condenado pela DPC (Comissão de Proteção de Dados da Irlanda) a pagar uma multa de mais de R$ 2 bilhões por violação de privacidade de menores. A punição foi decidida após uma investigação sobre como a rede social trabalha com as informações de crianças.
Instagram e problema com usuários menores de idade
Essa não é a primeira vez que o Instagram se mete em problemas relacionados a menores. Inclusive, nos últimos meses, ele tem tomado medidas para diminuir as complicações relacionadas a usuários com menos de 18 anos.
Grande parte dos problemas que a empresa já teve foram relacionados ao conteúdo inapropriado ao qual a rede social expõe os menores. E dessa vez não seria diferente.
A investigação teve seu início há dois anos e seu foco era confirmar se o Instagram teria quebrado as regras estabelecidas pelo GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE).
Os dois pontos analisados foram o acesso de crianças (13 á 17 anos) às contas comerciais da plataforma, o que fazia com que as informações desses jovens fosse exposta publicamente, uma falha onde a plataforma deliberadamente colocava contas de menores como “públicas” por padrão.
Violação de privacidade de menores rendeu uma multa de mais de R$ 2 bilhões ao Instagram
O resultado da violação das regras da GDPR foi uma multa de € 405 milhões (pouco mais de R$ 2 bilhões), a maior multa da DPC na Meta até hoje.
A empresa já havia sido multada duas vezes antes, na menor, € 17 milhões (cerca de R$ 88 milhões), a empresa foi condenada após ser provado estar escondendo registros de violações de segurança.
Já na segunda mais cara, € 225 milhões (cerca de R$1,1 bilhão), ela foi pega num esquema onde o WhatsApp coletava as informações dos usuários e mandava de volta para a Meta sem que os cidadãos fossem informados.
É importante mencionar que a Meta não é a única empresa na lista do DPC.
Meta se defende
A empresa se defendeu dizendo que essas informações são antigas e que sua política de privacidade e proteção foram atualizadas diversas vezes desde então.
“qualquer pessoa com menos de 18 anos automaticamente tem sua conta definida como privada ao entrar no Instagram, para que apenas pessoas conhecidas possam ver o que publicam, e adultos não podem enviar mensagens para adolescentes que não os seguem”, disse a empresa.
Adam Mosseri, o chefe da rede social, já havia prometido trabalhar com órgãos regulamentadores para transformar o Instagram em uma plataforma mais segura para os jovens, comentando até a possibilidade de uma versão feita apenas para as crianças.
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