A Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk, está conflito com o 5G. Depois de uma recente análise, a SpaceX, companhia que também pertence ao bilionário, declarou que a conexão pode se tornar “inutilizável” por interferências do espectro 12GHz.
Starlink, por meio da SpaceX alega estar levando “rasteira”
A SpaceX, que envia os foguetes para a rede da Starlink, explicou que as tentativas do provedor de televisão Dish, de abrir o espectro de para uso de satélite e rede móvel 5G, levariam a interferências causando consequentemente a inutilidade.
Os satélites Starlink da SpaceX atualmente contam com a banda de 12 GHz para fornecer serviços de conexão nos Estados Unidos.
Segundo informações publicadas pelo site GizModo, a análise da SpaceX comunicou que alguma quantidade de “interferência prejudicial do serviço móvel terrestre” na faixa de espectro de 12,2-12,7 GBHz ocorreria cerca de 77% do tempo. A interferência pode resultar em interrupções completas da Starlink em 74% das vezes.
Para a SpaceX, os esforços da Dish colocam em risco os negócios da Starlink em alguns mercados, mas a empresa declarou que a abertura de 12 GHz para 5G representará benefícios para todos os envolvidos.
“Queremos coexistência. Acreditamos que a coexistência é possível. Queremos proteger nosso próprio serviço de satélite,” declarou disse o vice-presidente executivo de Assuntos Externos e Legislativos da Dish, Jeff Blum, à Fierce Wireless, em 2021.
SpaceX lançou em média 2.700 satélites na órbita terrestre baixa da Terra
Com mais de 400.000 assinantes mundialmente, a empresa de satélites lançou mais de 2.700 novos satélites na órbita terrestre baixa da Terra. O primeiro serviço de internet da companhia de Musk ocorreu em outubro de 2020.
O empresário já havia declarado anteriormente que as expectativas são de alcançar 42.000 nas próximas décadas. Sua missão é conectar cerca de um terço da população mundial que ainda não tem acesso à Internet.
“Mesmo com essas suposições muito favoráveis, a análise demonstra claramente que a introdução de um serviço móvel na banda de 12 GHz interferiria nos serviços já alocados e operando na banda e interromperia o serviço de satélite de próxima geração para americanos em todo o país”, escreveu à SpaceX em suas análises.
Dish declarou que “engenheiros especialistas” da empresa estão analisando
Segundo o portal de tecnologia, as análises da empresa vêm em resposta a um relatório anterior separado e conduzido pelo provedor de internet sem fio RS Access. A SpaceX alega que o relatório possui diversos “erros e suposições” que tentam mostrar uma realidade de interferência menos grave.
A SpaceX afirma também que realizou sua própria análise usando a mesma metodologia desse estudo, mas de forma coerente, refletindo a realidade, corrigindo tais erros flagrantes detectados.
E parece que a briga entre a empresa de Musk e a Dish está longe de acabar. O caso foi levado a FFC e a SpaceX solicitou uma investigação dos relatórios das empresas.
“Esta análise verifica o que deveria ser intuitivo – que uma rede terrestre de alta potência explodiria qualquer um que usasse o equipamento de alta sensibilidade que os consumidores de satélite devem usar para receber sinais que cumprem as restrições de comissão. Como resultado, muito menos americanos poderiam se conectar usando serviços de satélite de próxima geração, e aqueles que permanecerem sofreriam degradação do serviço e interrupções regulares da rede”, e energia internacional nas transmissões de downlink por satélite”, declarou o Diretor Sênior da SpaceX de Política de Satélite Sobre David Goldman.
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