É treta braba! Elon Musk se coloca à disposição após tumulto no Twitter
Bilionário não possui poder para tomada de decisões arbitrárias e unilaterais, é o que afirma o Twitter sobre a atuação de Elon Musk
Elon Musk se colocou à disposição após causar um tumulto no Twitter e agora assume postura de “pergunte-me qualquer coisa” para tentar amenizar os humores em seu novo investimento. O bilionário enfrenta muitos desafios com os funcionários da empresa desde que comprou parte das ações da rede social.
Portas abertas? Elon Musk promete responder aos funcionários do Twitter
Após as recentes confusões e manifestações entre os funcionários do Twitter após a aquisição de maior parte das ações da empresa, assunto já abordado no Bit Magazine, o bilionário se compromete a responder quaisquer dúvidas dos membros da empresa.
A situação não melhorou após decisão do CEO do microblog, Parag Agrawal, de convidar Elon Musk para ser membro da diretoria do Twitter, por e-mail, segundo o NY Post.
No próprio e-mail, ficou claro qual será o posicionamento de Elon Musk sobre atender as perguntas dos funcionários, segundo trecho escrito por Agrawal:
“Após o anúncio do nosso conselho, muitos de vocês tiveram diferentes tipos de perguntas sobre Elon Musk, e quero recebê-los para fazê-las a ele.”
As mudanças que foram, inicialmente, publicadas pelo Washington Post se confirmaram após declarações de porta-vozes do Twitter que confirmam a participação de Elon Musk em união e sinergia com os demais diretores para promover mudanças significativas da plataforma e dentro da organização.
Funcionários questionam, desde o início, se o posicionamento pessoal de Elon não será empecilho para a empresa (que notavelmente pensa e age de forma diferente das opiniões apresentadas no passado pelo bilionário).
Twitter tenta tranquilizar os ânimos
A empresa vem tentando controlar a ansiedade de seus funcionários desde o primeiro momento que se tornou pública a aquisição das ações do Twitter por parte de Elon Musk.
O corpo executivo do Twitter afirma aos funcionários que nada poderá mudar “da água para o vinho”, ou seja, de uma hora para outra devido ao percentual e peso do voto do novo acionista bilionário.
Tomadas de decisão unilaterais são possíveis somente em caso de um acionista obter maioria absoluta das ações – e, mesmo assim, gerando desconforto.
Na atual situação da empresa, todos têm espaço para dar suas opiniões sobre a direção que a empresa deve tomar – e, em caso de empate, cabe ao CEO resolver a questão.
Elon Musk se recusou a fazer parte do conselho
A história não para por aí. Informações reveladas e noticiadas nesta segunda-feira (11), trazem a resposta negativa de Elon Musk, rejeitando a cadeira justamente devido à cláusula que o impediria de comprar novas ações acima de 14,9%.
Em acordo para fazer parte do conselho do Twitter, Elon deveria receber a cadeira até 2024, sob a condição de impedimento de novas aquisições que superem o total de 14,9% da empresa, segundo o jornal americano.
O novo cenário revela um posicionamento mais hostil por parte do bilionário que poderá vir com todo seu poder financeiro para tomar ainda mais o controle do Twitter.
Agora sim, os funcionários terão suas preocupações validadas em relação ao novo “chefe”.
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Leandro Kovacs é jornalista e radialista. Trabalhou com edição audiovisual e foi gestor de programação em emissoras como TV Brasil e RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Atuou como redator no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo artigos explicativos sobre softwares, cibersegurança e jogos. Desde então, atua como editor no Grupo Gridmidia.